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PSL oficializa candidatura de Bolsonaro à Presidência

22 de julho de 2018

Deputado discursou para mais de 2 mil apoiadores e tentou afastar imagem de isolamento do seu partido, que ainda não conseguiu fechar alianças e indicar um vice.

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Brasilien Jair Bolsonaro
Sem Lula na disputa, o direitista Bolsonaro é o líder nas pesquisas, mas sua candidatura enfrenta dificuldades como falta de apoio de outros partidos e pouco tempo de TV. Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS/M. Chello

O PSL oficializou neste domingo (22/07) a candidatura do deputado e capitão reformado Jair Bolsonaro à Presidência da República. Líder nas pesquisas no caso da ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa, com até 19% dos votos, Bolsonaro foi indicado por aclamação diante de mais de 2 mil apoiadores em convenção do partido no Rio de Janeiro.

O deputado chorou durante a execução do Hino Nacional e fez críticas à imprensa e ao ex-governador e pré-candidato tucano Geraldo Alckmin. "A partir desse momento, da confirmação da minha candidatura, passa a ser uma missão. Se estou aqui, é porque acredito em vocês. Se vocês estão aqui, é porque acreditam no Brasil", disse Bolsonaro.

Ao longo de um discurso de quase uma hora, o deputado tentou afastar a percepção sobre as dificuldades da sua campanha e o isolamento do seu partido, uma sigla nanica que teve desempenho insignificante nos últimos 20 anos. "Eu sou o patinho feio nesta história, mas tenho certeza que seremos bonitos brevemente", disse.

O PSL não apontou durante o evento quem será o vice na chapa. Ao longo da semana, a vaga foi oferecida ao senador Magno Malta (PR-ES) e ao general reformado Augusto Heleno (PRP), mas eles acabaram declinando por pressão de seus partidos, que não quiseram se aliar com o deputado. Apesar disso, os dois compareceram à convenção para prestar apoio a Bolsonaro.

A posição de vice também foi oferecida à advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. A advogada compareceu à convenção, mas disse que ainda vai analisar uma eventual composição com Bolsonaro. Segundo o PSL, o nome do vice na chapa será anunciado até 5 de agosto.

Bolsonaro também chegou à convenção sem fechar alianças com outros partidos. Ao longo da semana, ele também viu a possibilidade de atrair novas legendas diminuir após uma série de legendas do chamado "centrão" do Congresso acertarem apoio a Alckmin.

Durante a convenção, Bolsonaro atacou o tucano. "Eu queria agradecer ao Geraldo Alckmin por ter juntado a nata do que há de pior do Brasil ao seu lado", disse o deputado. Bolsonaro, no entanto, negociava até a semana passada o apoio dos mesmos partidos que acabaram se aliando a Alckmin, entre eles o PR, que é liderado pelo ex-deputado Waldemar Costa Neto, condenado no mensalão.

Se o PSL não fechar alianças, Bolsonaro vai largar na campanha inicialmente com apenas 10 milhões de reais do fundo eleitoral e oito segundos de tempo de TV.

Bolsonaro foi o quinto candidato à Presidência confirmado em convenção nos últimos três dias. Na sexta-feira (20/07), o PDT oficializou a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes. No mesmo dia, o PSC lançou o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro e o PSTU oficializou a candidatura da operária Vera Lúcia. No sábado, foi a vez do PSOL confirmar o líder dos sem-teto Guilherme Boulos como candidato. Entre os cinco candidatos já oficializados, Bolsonaro, Ciro e Castro ainda não indicaram vices em suas chapas.

JPS/ots

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