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Preço do petróleo é o menor em cinco anos

13 de dezembro de 2014

Valor da commodity cai quase pela metade em apenas seis meses e alcança menor patamar desde maio de 2009. Economia dos Estados Unidos sai ganhando, e exportações da Rússia são prejudicadas com a tendência.

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Foto: David Kattenburg

Os preços do barril de petróleo voltaram a cair nesta sexta-feira (12/12), alcançando os menores valores em cinco anos. O mercado foi fortemente influenciado por um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), que prevê preços ainda mais baixos em 2015 por causa do recuo na demanda e do aumento na oferta. Com sede em Paris, a AIE orienta as políticas energéticas dos países industrializados.

O petróleo Brent caiu para menos de 62 dólares o barril em Londres, e o petróleo americano WTI, negociado em Nova York, ficou abaixo da marca de 58 dólares nesta sexta-feira. Durante a semana, a queda do Brent foi de mais de 7 dólares, quase 11%. O WTI recuou cerca de 8 dólares, ou 12%.

Nos últimos dias, o aumento das reservas nos Estados Unidos e a declaração da Arábia Saudita, maior exportador mundial, de que não diminuirá sua produção, se refletiram nos preços. Nesta sexta, a AIE previu que a procura por petróleo em 2015 deverá aumentar em 900 mil barris por dia, uma diminuição de 230 mil barris em relação à previsão anterior, e ficar em 93,3 milhões de barris.

O petróleo está em queda a seis meses, influenciado em grande parte pela elevada produção de petróleo de xisto dos Estados Unidos. O nível atual de preços é o mais baixo desde maio de 2009. A queda é de cerca de 45% desde junho, quando o barril do Brent custava 115 dólares e o do WTI, 107 dólares.

A elevada queda no preço do petróleo tem grandes implicações geopolíticas. A Rússia, que sofre com sanções impostas pelo Ocidente por causa da anexação da Crimeia e do conflito no leste da Ucrânia, depende em grande parte de suas exportações do ouro negro. O mesmo vale para a Venezuela, cuja economia está em crise há meses.

Já a economia dos Estados Unidos está se beneficiando dos menores custos de energia. A China, maior consumidor mundial de energia, também sai ganhando. Desde julho, o preço dos combustíveis no país já teve oito reduções.

AS/rtr/aplusa