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Presidente de Moçambique estima mil mortos por ciclone

18 de março de 2019

Passagem do Idai pelo sudeste da África causou mais de 200 mortes confirmadas, das quais 84 em Moçambique. Beira é a cidade mais afetada do país e está parcialmente destruída.

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Beira, em Moçambique, após a passagem do ciclone Idai
Beira, capital de Sofala, está parcialmente destruída, sem eletricidade e comunicações Foto: picture-alliance/AP/C. Haga

O ciclone Idai, que atinge o sudeste da África desde a quinta-feira (14/03), deixou mais de 200 mortos no Zimbábue, em Moçambique e no Malawi, segundo números divulgados pela ONU.

No Zimbábue, o balanço provisório das autoridades locais elevou o número de vítimas para 89. Em Moçambique, 84 pessoas morreram. Já no Malawi, o ciclone deixou outros 56 mortos.

O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o número de mortes poderá ser superior a mil, assinalando que "o país vive um desastre humanitário de grandes proporções".

O chefe de Estado acrescentou que mais de 100 mil pessoas da região afetada correm risco de perder a vida e disse ter visto corpos flutuando durante o sobrevoo de helicóptero que fez no domingo na região afetada.

Segundo ele, as enchentes de rios causadas pelo ciclone afundaram vilarejos inteiros e isolaram completamente outros.

Mosambik Zyklon
Veículos fazem fila em rodovia interditada que leva a Beira, em MoçambiqueFoto: DW/A. Sebastião

Segundo o Fundo da ONU para a Infância (Unicef), o número de vítimas deverá subir nos três países. Mais de 1,6 milhão de pessoas vivem nas áreas afetadas pelos fortes ventos e chuvas trazidos pelo ciclone tropical.

O Idai chegou ao litoral de Moçambique na noite de quinta-feira, provocando grandes danos na cidade da Beira, que é a mais afetada. Cerca de 500 mil pessoas ficaram sem energia, problema que também afetou o setor de comunicações.

Um avião com ajuda alimentar da ONU desembarcou no domingo na Beira. A aeronave transportou 22 toneladas de biscoitos enriquecidos para alimentar 22 mil pessoas durante os próximos três dias, segundo as Nações Unidas.

Beira, a capital da província de Sofala e uma das principais cidades do país, com 500 mil habitantes, está parcialmente destruída, sem eletricidade e comunicações e desde sábado isolada por terra devido à destruição de rodovias de acesso.

Karte Zyklon Idai Mosambik EN
Localização da Beira, em Moçambique

Em entrevista à agência de notícias AFP, o ministro do Meio Ambiente de Moçambique, Celso Correia, afirmou que este é o maior desastre natural já ocorrido no país e que a prioridade do governo é salvar vidas.

O ciclone foi para o oeste de Zimbábue na sexta-feira, deixando a região de Chimanimani isolada do restante do país.

O presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, declarou estado de emergência e disse que a resposta do governo está sendo coordenada pelo Departamento de Proteção Civil, que terá o apoio de organizações humanitárias. O Exército também está apoiando as operações de busca e resgate em áreas de risco.

No Mawali, quase 1 milhão de pessoas foram afetadas pela passagem do Idai. De acordo com a Federação Internacional da Cruz Vermelha, 80 mil tiveram suas casas destruídas e estão sem onde se refugiar.

AS/efe/afp/rtr/ap

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