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Polo norte magnético se move cada vez mais rapidamente

5 de fevereiro de 2019

Cientistas divulgam antecipadamente atualização do Modelo Magnético Mundial devido à velocidade acelerada de deslocamento do polo norte magnético.

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O polo norte magnético no momento está deixando o Ártico canadense rumo à Sibéria
O polo norte magnético no momento está deixando o Ártico canadense rumo à SibériaFoto: Reuters/I. Naymushin

O polo norte magnético está se deslocando de forma tão rápida nas últimas décadas que sua localização estimada não era mais exata o suficiente para a navegação.

Por isso, cientistas americanos divulgaram nesta segunda-feira (04/02) que uma atualização do Modelo Magnético Mundial, com a nova localização do polo norte magnético, foi feita em janeiro, quase um ano antes do previsto.

Os polos norte e sul magnéticos se deslocam e não coincidem com os polos norte e sul geográficos. Na longa história do planeta, o polo norte magnético nem sempre esteve no norte geográfico e até mesmo já esteve no sul. Essa inversão já ocorreu várias vezes.

Atualmente, o polo norte magnético se desloca cerca de 55 quilômetros por ano. Em 2017, ele atravessou a Linha Internacional de Data, uma linha imaginária na superfície terrestre que marca a mudança de um dia para o outro. No momento, está deixando o Ártico canadense rumo à Sibéria.

A alteração afeta todos os aparelhos com bússolas, bem como a navegação e a aviação, principalmente na região do Ártico. A Otan e militares americanos e britânicos necessitam saber a posição correta do polo norte magnético para fins de navegação.

O GPS não é afetado pelo magnetismo terrestre, pois é um sistema baseado em satélites.

Autoridades americanas e britânicas costumam atualizar a localização do polo norte magnético a cada cinco anos, em dezembro. A próxima atualização estava prevista para dezembro de 2019, mas teve de ser feita mais cedo por causa do deslocamento acelerado.

Desde 1831, quando foi medido pela primeira vez no Ártico canadense, o polo norte magnético se deslocou cerca de 2.300 km rumo à Sibéria. Desde 2000, a velocidade passou de 15 km para 55 km por ano.

A explicação são turbulências no núcleo externo da Terra, que é líquido e formado por ferro e níquel. Ele envolve o núcleo interno, que é sólido. O núcleo externo é a região que forma o campo magnético terrestre.

Os dois polos oscilam independentemente um do outro e não estão em posições diametralmente opostas no globo terrestre. O polo sul magnético também se desloca, mas de forma bem mais lenta do que o norte. Cientistas afirmam que as polaridades serão novamente invertidas em algum momento.

Isso já aconteceu inúmeras vezes, mas não nos últimos 780 mil anos. A inversão não ocorre de uma hora para a outra, mas dura cerca de mil anos ou mais.

AS/ap/rtr/ots

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