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Petróleo do EI acaba nas mãos do regime Assad

11 de dezembro de 2015

Autoridades americanas afirmam que grande parte da produção petrolífera do "Estado Islâmico" é vendida ao governo da Síria. Ataque aéreo da coalizão mata líder das finanças do grupo jihadista.

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Syrien Rojava Öl-Produktion
Foto: Getty Images/J. Moore

As autoridades americanas calculam que a organização extremista "Estado Islâmico" (EI) tenha arrecadado mais de 500 milhões de dólares através da venda de petróleo no mercado negro. Grande parte disso teria ido parar nas mãos do regime do presidente sírio Bashar al-Assad, afirmou nesta quinta-feira (10/12) Adam Szubin, do departamento do Tesouro americano, que atua como subsecretário para o Terrorismo e Crimes Financeiros.

Numa das mais detalhadas explicações públicas do comércio de petróleo promovido pela organização terrorista, Szubin contou que os jihadistas arrecadam 40 milhões de dólares por mês com caminhões-tanque que vão além das frentes de batalha da guerra civil na Síria.

"O EI vende grande parte desse petróleo ao regime de Assad", afirmou Szubin. "Ambos se esforçam para eliminar um ao outro, e ainda assim, estão envolvidos em um comércio de milhões e milhões de dólares."

Parte do petróleo produzido pelos jihadistas é consumida internamente nas áreas controladas pelo grupo, enquanto outra parcela da produção chega até as regiões curdas ou à Turquia, afirmou a autoridade do Tesouro americano.

Além dos mais de 500 milhões de dólares obtidos com as vendas de petróleo, os rendimentos do EI advêm de saques a bancos nos territórios que ocupam e da prática de extorsões.

"Atacamos essas duas frentes: a habilidade do EI de gerar renda e de utilizar esses rendimentos", explicou Szubin. "Recentemente, a coalizão lançou uma nova campanha militar que inclui ataques de precisão a bens essenciais de energia do EI, como campos de petróleo, refinarias e caminhões-tanque", contou.

EUA eliminam "ministro das Finanças" do EI

Abu Salah, considerado a principal autoridade financeira da organização extremista, foi morto em um ataque aéreo liderado pelos Estados Unidos. Autoridades americanas informaram que, além dele, dois outros membros do alto escalão do EI morreram em ataques aéreos no Iraque e na Síria, no mês passado.

Salah era "um dos membros mais proeminentes e experientes da rede financeira do EI e vinha como um legado da Al Qaeda", afirmou o coronel Steve Warren, porta-voz das Forças Armadas americanas. "Sua morte e a de seus antecessores esgota o conhecimento e talento necessários para coordenar o financiamento da organização."

Os outros dois membros foram identificados como Abu Mariam, que liderava as redes de extorsão do EI, e Abu Waqman al-Tunis, que seria uma autoridade executiva do grupo.

RC/rtr/afp