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Paquistão envia militares para combater efeitos da enchente

2 de setembro de 2017

Tropas são deslocadas para a cidade de Karachi para reforçar o trabalho das equipes de resgate. Mais 1,4 mil pessoas morreram no sul da Ásia devido às inundações.

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Habitantes de dois bairros da cidade foram obrigados a abandonar suas casas
Habitantes de dois bairros da cidade foram obrigados a abandonar suas casasFoto: picture-alliance/Photoshot/Masroor

O governo paquistanês enviou nesta sexta-feira (01/09) militares à cidade de Karachi para combater a enchente causada pelas piores chuvas de monção nos últimos anos. Desde junho, as inundações já causaram mais 1,4 mil mortes no sul da Ásia.

O primeiro-ministro do Paquistão, Shahid Khaqan Abassi, ordenou que as tropas ofereçam às agências de resgaste, além de reforço humano, também equipamentos para bombear a água para fora da cidade e diminuir a inundação.

As chuvas de monção que começaram em junho são as piores das últimas décadas e provocaram centenas de mortes em Paquistão, Índia, Nepal e Bangladesh. Segundo a ONU, cerca de 41 milhões de pessoas foram afetadas pela catástrofe e perderam casas, lavouras e seus negócios.

Somente em Karachi, o número de mortos chegou a 27, depois que 15 pessoas morreram na noite de sexta-feira devido às inundações. Milhares de habitantes de dois bairros da cidade foram obrigados a abandonar suas casas.

Elefantes ajudam turistas a fugirem da enchente

Organizações internacionais de ajuda humanitária afirmaram que a situação é particularmente grave no período das monções deste ano – que vai de junho a setembro ou outubro. Milhares de vilarejos no sul da Ásia estão isolados, deixando moradores sem comida e água potável. Em muitas áreas, a água já está recuando, mas cresce o medo de doenças.

O estado de Bihar, no nordeste da Índia, é a região mais afetada, onde 514 pessoas morreram e cerca de 850 mil ficaram desabrigadas, segundo dados oficiais.

As inundações reavivaram ainda memórias de 2005, quando quase um metro de chuva caiu em Mumbai, na Índia, em apenas 24 horas, causando a morte de mais de mil pessoas. A catástrofe de 2005, que cortou o abastecimento de energia e água e as redes de comunicação e paralisou o transporte público, foi atribuída ao crescimento desordenado e a problemas de drenagem na parte ocidental da cidade.

As chuvas de monção deste ano devastaram mais de dez mil hectares de plantações, segundo autoridades indianas. O país já havia perdido aproximadamente 1 milhão de toneladas de arroz em inundações repentinas em abril.

Diante da extensão dos danos, especialistas afirmaram que os governos locais não estão preparados para lidar com o problema que atinge a região todo ano. O diretor do centro regional de gestão de desastres do sul da Ásia, P.K. Taneja, disse que os países precisam se unir urgentemente para concentrar os esforços no combate aos desastres naturais.

CN/dpa/ap/rtr