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Pandemia vira mercado de arte de ponta-cabeça

Andrea Kasiske
1 de abril de 2021

[Vídeo] Quem não pode adaptar o trabalho para o mundo digital, não passou ileso pela crise provocada pelo coronavírus. As vendas no mercado de arte, por exemplo, caíram mais de 30% em 2020.

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Poucos museus e galerias de arte superaram tão bem a crise como a galeria de Johann König, em Berlim. Mesmo depois de meses fechada, o balanço de 2020 foi positivo. “Foi um ano de muito sucesso para nós. Desenvolvemos novos formatos que nos permitem vender sem custos altos nem emissão de CO2”, conta Johann König. O site da galeria oferece passeios 3D pelo acervo, e além de exibições em feiras digitais, os clientes potenciais podem conversar ao vivo com os artistas. 

Por outro lado, há casos como o da artista Monica Bonvicini, que em 2020 teve todas as exposições canceladas ou adiadas. No caso dela, o mundo digital não se encaixa em sua concepção de arte. “Para uma artista como eu, que sempre trabalhou com a ideia da confrontação física com o público, é impossível fazer isso online”, comenta.

O mercado de arte está cada vez mais digital – uma tendência que deve permanecer mesmo após a pandemia. Para o colecionador de arte Harald Falckenberg, acostumado a viajar por feiras de arte em busca de bons trabalhos, eventos digitais são extremamente cansativos. “Não consigo olhar 250 peças uma depois da outra...depois já não sei mais onde cada uma delas estava. Quando estou numa feira e uma obra me chama a atenção, eu volto duas ou três horas depois ao local onde ela está para ver se gosto mesmo e analisar outras obras do mesmo artista”, comenta.