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Pais de americanos mortos em Benghazi processam Hillary

9 de agosto de 2016

Parentes acusam ex-secretária de Estado de homícidio culposo e afirmam que ela foi imprudente ao usar email particular. Em 2012, durante dois ataques contra prédios dos EUA na Líbia, quatro americanos foram mortos.

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Hillary Clinton USA Florida
Foto: Reuters/C. Keane

Os pais de dois americanos que morreram nos ataques terroristas em Benghazi anunciaram que vão processar Hillary Clinton, a candidata democrata à Presidência dos EUA, por homicídio culposo.

Em 2012, durante dois ataques contra prédios da missão diplomática dos EUA na Líbia, quatro americanos foram mortos – inclusive o embaixador J. Christopher Stevens. Nesta época, Hillary ocupava o cargo de secretária de Estado dos EUA.

A ação anunciada pelas famílias afirma que os ataques foram “diretamente ou, no mínimo, aproximadamente causados” por atitudes de Hillary. Mais especificamente, eles tentam ligar a prática da ex-secretária de usar emails privados com as mortes.

Em comunicado, eles afirmam que "como resultado da imprudência de Hillary em lidar com informações secretas e sensíveis, terroristas islâmicos foram capazes de obter a localização do embaixador Stevens (...) e orquestrar, planejar e executar o infame ataque de 11 de setembro de 2012".

Os reclamantes são Patricia Smith e Charles Woods. Seus filhos, Sean Smith (um funcionário do Departamento de Estado) e Tyrone Woods (um segurança), respectivamente, estavam entre os mortos nos ataques.

Os pais também anunciaram que vão processar Hillary por difamação. Eles acusam a ex-secretária de ter mentido sobre a causa das mortes nos dias subsequentes aos ataques. Segundo o processo, Hillary inicialmente apontou que o ataque foi motivado por um vídeo no Youtube que satirizava o profeta Maomé, mas, no entanto, mudou a versão logo depois.

Ao comentar o anúncio das famílias, o porta-voz da campanha de Hillary, Nick Merrill, disse que os ataques em Benghazi foram exaustivamente investigados. "Houve nove diferentes investigações e nenhuma delas apontou qualquer responsabilidade da parte de Hillary Clinton", disse.

Em outubro de 2015, Hillary chegou a responder um interrogatório de um comitê da Câmara dos Representantes, que avaliou as consequências do ataque. O comitê criticou a postura do governo Obama nos ataques, mas também apontou que a atual candidata não tinha responsabilidade. Ele também apontou que não havia provas de que os terroristas teriam violado o email de Hillary e obtido informações úteis para os ataques.

Durante as investigações, o comitê relevou que Hillary usou regularmente contas de email particulares enquanto ocupou a chefia do Departamento de Estado. A revelação resultou em outra investigação, desta vez conduzida pelo FBI (a polícia federal dos EUA). No mês passado, o diretor da corporação concluiu que Hillary e seus assessores foram irresponsáveis, mas também apontou que não havia base para processar a ex-secretária.

JS/ap/afp