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Os cenários possíveis para Biden e Trump na reta final

5 de novembro de 2020

Tanto o democrata como o republicano ainda podem vencer a eleição, mas o caminho de um é bem mais difícil do que o do outro. A DW apresenta as chances de cada candidato chegar à Casa Branca.

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US Wahl 2020 | Wahlen in Kalifornien
Foto: Mike Blake/REUTERS

Tanto o presidente Donald Trump como o democrata Joe Biden ainda podem vencer a eleição presidencial nos Estados Unidos.

Nesta quinta-feira (05/11), Biden está com 264 dos 270 delegados necessários para a vitória no Colégio Eleitoral, segundo projeções da agência de notícias AP, pelas quais a DW orienta sua cobertura. Trump tem 214:

Em outras projeções, como do New York Times, da CNN e da NBC, no entanto, o placar é de 253 contra 214. Em seis estados, o resultado ainda não está totalmente claro, e apenas um deles é páreo praticamente certo para um partido: o Alasca, com 3 delegados, deve escolher Trump, pois tradicionalmente vota nos republicanos.

Os outros cinco são swing states (podem ir para um ou para o outro): Arizona (11 delegados), Nevada (6), Pensilvânia (20), Geórgia (16) e Carolina do Norte (15). Eles estão contando principalmente os votos enviados pelo correio antes do dia da eleição. Biden lidera a contagem em Nevada e, segundo a AP, já ganhou no Arizona. Trump lidera nos outros três. Mas nada ainda é definitivo.

As chances de Biden vencer são bem maiores do que as de Trump. Segundo o New York Times, Biden tem 27 caminhos possíveis para a vitória, ao passo que Trump tem 4.

As chances de Biden

O democrata ainda necessita de 17 delegados para vencer. Esse é o exato número dos dois estados onde ele lidera a contagem: Arizona (11) e Nevada (6). Se confirmar a vantagem nesses dois, ele chegou à Casa Branca.

A agência de notícias AP e a emissora Fox News afirmaram que Biden já venceu no Arizona. Se isso se confirmar, o democrata necessitaria de apenas mais um swing state – qualquer um – para vencer.

Ele também pode chegar lá se vencer apenas na Pensilvânia, que tem 20 delegados, mas onde Trump lidera a contagem. Democratas veem boas chances de virada nesse estado e argumentam que a maioria dos cerca de 800 mil votos a ainda serem contados são de bastiões democratas no estado e que a proporção dos votos pelo correio já contados é de quatro para Biden e um para Trump.

Se a vitória no Arizona não se confirmar, e se perder a Pensilvânia, a situação fica mais complicada para o democrata, mas mesmo assim ele ainda teria chances: precisaria vencer em dois dos três swing states restantes, não importando quais.

Num deles (Nevada), ele lidera, e na Geórgia, a contagem de votos pelo correio têm favorecido Biden até aqui.

As chances de Trump

Como o Alasca é praticamente certo, Trump precisa de mais 53 delegados. Para isso, ele obrigatoriamente tem que vencer na Pensilvânia: não há como chegar a 53 sem os 20 votos desse estado.

Depois ele necessita de mais três dos quatro swing states restantes. Eles podem ser Carolina do Norte (onde ele também lidera), Geórgia (idem) e ou Nevada ou Arizona (nesses dois Biden lidera).

Outro caminho, esse mais difícil, seria Geórgia e os dois em que os democratas têm a dianteira: Nevada e Arizona. Apesar da liderança de Biden no Arizona, a contagem de votos pelo correio nesse estado tem favorecido Trump, que está diminuindo a diferença.

Porém, se a vitória de Biden no Arizona se confirmar, o caminho de Trump fica bem mais difícil. Aí ele precisaria vencer em todos os quatro swing states restantes: Pensilvânia, Carolina do Norte, Geórgia e Nevada.

Isso significaria reverter o cenário atual de liderança de Biden em Nevada e torcer para que os sinais de virada democrata na Pensilvânia e na Geórgia não se confirmem.

O caminho das cortes

Com a contagem dos votos pelo correio favorecendo o democrata em vários estados, a campanha de Trump já anunciou que pretende parar essa contagem na Pensilvânia, em Wisconsin, na Geórgia e em Michigan, onde a vitória de Biden já foi declarada.

Não está claro se a empreitada será bem-sucedida, mas especialistas disseram haver poucas chances de isso acontecer.