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Educação

Origem familiar ainda determina educação na Alemanha

23 de junho de 2018

Relatório mostra que mais crianças estão frequentando escolas alemãs devido a aumento da taxa de natalidade e migração. Mas ainda existe forte divisão entre aquelas propensas a obter nível superior e as que não.

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Symbolbild | Schule Unterricht Schulklasse Schüler
Estudo revela que há muito mais crianças frequentando escolas alemãs que há dez anosFoto: imago/photothek/F. Gaertner

No relatório Educação na Alemanha 2018, apresentado pelo Ministério alemão da Educação, nesta sexta-feira (22/06) em Berlim, três pontos se destacaram: mais cidadãos alemães estão recebendo educação, há uma iminente escassez de professores e as oportunidades educacionais de uma pessoa estão intimamente ligadas à sua origem social e econômica.

Pesquisadores constataram que o aumento das taxas de natalidade e o acréscimo na imigração resultaram em muito mais jovens na Alemanha que frequentam a escola do que há dez anos. Eles também observaram que a falta de instalações e professores poderia se tornar um problema sério num futuro não muito distante. Os especialistas também alertaram que as oportunidades de educação ainda estavam distribuídas de forma desigual por toda a sociedade alemã.

O relatório Educação na Alemanha é organizado a cada dois anos por um grupo de pesquisadores independentes. O estudo divulgado nesta sexta-feira é o sétimo de seu tipo e foi amplamente baseado em dados de 2016.

Números do relatório

• 17,1 milhões de crianças, adolescentes e jovens adultos foram matriculados em escolas alemãs.

• 94% das crianças entre três e seis anos de idade frequentavam o pré-escolar ou jardim de infância.

• 31% dos estudantes com 15 anos ou mais obtiveram um diploma do ensino médio ou grau equivalente – 8% a mais do que em 2006.

• 6% dos estudantes deixaram o ensino médio sem receber um diploma – em 2015, esse número era de 5,8%.

• 17% receberam um diploma superior – 5% a mais do que em 2006.

Oportunidade determinada por origem familiar

O relatório observou que os jovens com origem migratória e aqueles de famílias de baixa renda estão menos propensos a avançar na hierarquia educacional. A educação nas áreas rurais também se mostrou deficiente em comparação com regiões urbanas.

Uma das conclusões abrangentes do relatório foi que aqueles que desfrutam formação educacional têm mais chances de encontrar melhores empregos e ganhar mais. Eles também estão mais propensos a se interessar politicamente, além de estarem mais envolvidos no trabalho voluntário em suas comunidades. Esses fatores, disseram os pesquisadores, levam a vidas mais saudáveis e felizes.

Disparidade persiste

O sistema educacional alemão vem sendo criticado há muito tempo pelas divisões acentuadas quanto a oportunidades educacionais entre as crianças de famílias abastadas e aquelas de famílias desfavorecidas ou com origem migratória.

A Alemanha possui um sistema de três níveis para o ensino secundário. Quando terminam o ensino fundamental, os alunos são divididos por sua capacidade e rendimento escolar. Isso pode determinar, já cedo, se uma criança terá acesso ao ensino superior.

CA/dpa/kna/dw

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