1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Oposição venezuelana conquista dois terços do Parlamento

9 de dezembro de 2015

Apuração final confirma que coalizão Mesa de Unidade Democrática terá 112 das 167 cadeiras no Congresso, o que lhe dá poder para mudar Constituição e substituir juízes da Suprema Corte.

https://p.dw.com/p/1HKrG
Venezuela Wahlen Lilian Tintori Opposition Jubel Wahlsieg
Foto: Reuters/C. Rawlins

Após o término das apurações na Venezuela, a coalizão de oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD) selou a conquista da maioria parlamentar, assegurando 112 das 167 cadeiras, segundo informou nesta quarta-feira (09/12) o Conselho Nacional Eleitoral. O partido do presidente Nicolás Maduro elegeu apenas 55 parlamentares.

A conquista da maioria absoluta pela oposição – praticamente dois terços do Parlamento – significa que a Constituição do país, introduzida pelo ex-presidente Hugo Chávez em 1999, poderá ser reescrita. Além disso, os parlamentares poderão convocar referendos e substituir juízes da Suprema Corte.

Os opositores mais ferrenhos de Maduro defendem que ele encerre seu mandato antes do término oficial, em 2019. Entretanto, os mais moderados afirmam que a prioridade deve ser a economia, e não a política, e que o líder socialista deve ter a chance de mudar sua estratégia para tentar reerguer o país.

A Venezuela possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo, que Maduro e seu antecessor usaram para financiar programas sociais. Entretanto, a queda nos preços do teve grande impacto sobre a economia do país, desde que Maduro assumiu a presidência, em 2013. A derrota do governo nas urnas veio como consequência da crise, que gerou escassez de alimentos e de bens essenciais.

Na terça-feira, Maduro atribuiu o que chamou de "perda circunstancial" nas eleições parlamentares a uma "contrarrevolução" que visa a desestabilizar seu governo e sabotar a economia do país.

"As pessoas más venceram, como sempre vencem, através de mentiras e fraudes", afirmou o presidente durante uma visita ao túmulo de Chávez.

RC/ap/afp