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Bhutto apela a Berlim

9 de novembro de 2007

Em telefonema a jornal alemão, líder oposicionista paquistanesa solicitou apoio do governo alemão, após ter sido impedida de romper a prisão domiciliar para participar de um protesto contra o governo militar.

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Policiais vigiam rua próximo à casa de BhuttoFoto: AP

A líder oposicionista do Paquistão, Benazir Bhutto, apelou ao governo alemão para que transmita uma mensagem ao presidente dos Estados Unidos, já que a chanceler federal Angela Merkel será recebida por George W. Bush neste final de semana.

Em telefonema ao jornal alemão Bild, Bhutto exortou a chefe de governo da Alemanha, Angela Merkel, a aproveitar a visita aos Estados Unidos para fazer pressão sobre o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, acusado de reprimir a oposição no país.

Exigências de Bhutto

Benazir Bhutto, que passou o dia sob prisão domiciliar, pediu para transmitir a seguinte mensagem ao presidente George W. Bush: "Senhora chanceler, diga ao presidente Bush que as pessoas no Paquistão querem a democracia, e as não promessas vazias com as quais o presidente Musharraf está nos enrolando".

A líder da oposição paquistanesa exigiu ainda a renúncia imediata de Musharraf como chefe das Forças Armadas e a marcação de eleições para 15 de janeiro de 2008.

O governo alemão, por seu lado, criticou as sanções contra Bhutto. Berlim apelou "ao governo paquistanês pelo fim da prisão domiciliar de Benazir Bhutto" e exigiu também que as "lideranças paquistanesas voltem atrás na série de prisões de ativistas políticos", disse um porta-voz do ministério das Relações Exteriores.

Eleição em fevereiro?

Em entrevista à Deutsche Welle, Rashid Ahmed, ministro paquistanês dos Transportes Ferroviários, disse: "Em poucas horas, Benazir Bhutto voltará a poder se movimentar livremente". Ahmed, estreito colaborador do presidente Musharraf, justificou a prisão domiciliar, alegando ser uma medida de proteção contra atentados.

O ministro sugeriu à líder oposicionista para que reflita se quer mesmo fazer a planejada "longa marcha" de Lahore a Islamabad ou se quer se preparar para a eleição. "Para o bem do país, é melhor a eleição do que o confronto", assinalou, dizendo que prováveis as datas para a votação são 14, 15 ou 16 de fevereiro. (rw)