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ONU: Apesar de perdas, EI ainda representa séria ameaça

11 de agosto de 2017

Relatório do Conselho de Segurança aponta que "Estado Islâmico" está se adaptando à pressão militar na Síria e no Iraque. Remessas do exterior possibilitam ataques terroristas internacionais, particularmente na Europa.

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Combatentes do "Estados Islâmico" no Iraque, em 2014, com bandeira do grupo
Combatentes do "Estados Islâmico" no Iraque, em 2014Foto: picture alliance/AP Photo

Um relatório divulgado pelo Conselho de Segurança da ONU nesta quinta-feira (10/08) aponta que o grupo "Estado Islâmico" (EI) está se adaptando à pressão militar no Iraque e Síria e, apesar dos intensos bombardeios da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, os jihadistas ainda representam uma séria ameaça ao Oriente Médio e a outras partes do mundo. 

Novas evidências apresentadas por especialistas ao Conselho de Segurança indicam que a estrutura de comando e controle do grupo extremista não foi destruída completamente. Um exemplo disso é a tentativa do grupo de retomar a cidade iraquiana de Mossul, que foi retomada por forças iraquianas com o apoio dos EUA em julho. 

Leia mais: O futuro do "Estado Islâmico" pós-califado

De acordo com o documento, responsabilidades têm sido delegadas a comandantes locais, e o grupo passou a criptografar suas comunicações. Além disso, os jihadistas têm construído seus próprios drones, visando espionagem e bombardeios.

De refém do "Estado Islâmico" a caçador de terroristas

Apesar de a situação financeira do grupo ter ficado mais precária, o EI ainda consegue fundos a partir de lucros do petróleo e cobrança de impostos das populações locais sob seu controle.

O grupo também recebe remessas a partir do exterior, o que lhe garante condições de "motivar e possibilitar" ataques terroristas internacionais, particularmente, na Europa, que ainda desempenha um papel-chave para os jihadistas. As transferências são difíceis de serem detectadas, porque frequentemente os valores são pequenos.

Diante da perda de território na Síria e no Iraque, o grupo terrorista tem tentado expandir sua influência para o Sudeste Asiático, como as Filipinas, diz o relatório.

Jihadistas que combateram na Síria e Iraque e retornam para seus países de origem, muitos deles menores de idade, representam uma ameaça. Segundo os especialistas, os que retornam requerem "atenção especial e estratégias que levem em conta proteções legais oferecidas a menores de idade".

KG/afp/ots