1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Obama pede mais liberdade em último dia em Cuba

22 de março de 2016

Presidente dos EUA defende direitos humanos, liberdade de expressão e democracia em discurso no último dia de sua passagem por Cuba. Visita "enterra os últimos restos" da Guerra Fria na América, afirma.

https://p.dw.com/p/1IHiq
Foto: Reuters/C.Barria

Obama faz discurso histórico em Havana

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta terça-feira (22/03) os direitos humanos, a liberdade de expressão e a democracia em discurso realizado num teatro em Havana, no último dia de sua visita a Cuba. Ele pediu aos cubanos para que encarem o futuro com esperança e disse também que o mundo deve se unir contra o terrorismo, referindo-se aos atentados em Bruxelas.

Em discurso transmitido em cadeia nacional, Obama fez uma defesa das liberdades políticas em Cuba, incluindo liberdade de expressão e religião. O discurso foi realizado no Gran Teatro Alicia Alonso, diante de uma plateia que incluía o presidente cubano, Raúl Castro.

Obama faz discurso histórico em Havana

O presidente americano afirmou que chegou a Havana para "enterrar os últimos restos" da Guerra Fria na América.

Ele também pediu reformas econômicas e políticas, falando em um Estado de partido único, onde pouca dissidência é tolerada. "Os eleitores devem poder escolher seus governos em eleições justas e livres", ressaltou, descrevendo a ideia como algo consistente com o que os Estados Unidos querem para os países do mundo.

"Nem todos concordam comigo sobre isso, nem todo mundo concorda com o povo americano sobre isso, mas acredito que os direitos humanos são universais. Eu acredito que eles são os direitos do povo americano, do povo cubano e das pessoas ao redor do mundo", complementou Obama.

O discurso marcou o último dia de uma viagem histórica, que incluiu também encontros com dissidentes cubanos e a ida a um jogo de baseball. Esta é a primeira visita de um presidente dos EUA a Cuba em 88 anos e o ponto alto de uma abertura diplomática que EUA e Cuba anunciaram em dezembro de 2014, terminando décadas de crise entre Washington e Havana.

Obama arrancou fortes aplausos da plateia quando reiterou seu apelo por um fim ao embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba, algo que apenas o Congresso dos EUA pode suspender. O presidente americano quer tornar essa mudança irreversível antes de deixar o cargo, em janeiro, e firmando-a como parte de seu legado de política externa.

Obama é recebido com aplausos em Havana

Ao se referir aos ataques terroristas em Bruxelas, Obama garantiu o apoio dos Estados Unidos ao governo da Bélgica e pediu união contra o terrorismo. "Temos de estar juntos, independentemente da nacionalidade, raça ou fé, para lutar contra o flagelo do terrorismo. Podemos e vamos derrotar os que ameaçam a proteção e a segurança das pessoas em todo o mundo", afirmou.

"Faremos tudo o que pudermos para apoiar os nossos amigos e aliados", sublinhou Obama, que tinha telefonado pouco antes com o primeiro-ministro belga, Charles Michel, para comunicar o apoio dos Estados Unidos.

MD/lusa/rtr/efe