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Obama e Netanyahu minimizam diferenças e veem metas em comum

9 de novembro de 2015

No primeiro encontro após acordo nuclear iraniano, líderes preferem ressaltar pontos em comum e minimizam desentendimentos. "Não discordamos sobre necessidade de garantir que o Irã não terá armas nucleares", diz Obama.

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Foto: picture-alliance/dpa/O. Douliery

O presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, realçaram os fortes laços que existem entre os dois países durante encontro em Washington, nesta segunda-feira (09/11).

Esse foi o primeiro encontro entre os dois líderes desde outubro de 2014 e o primeiro após a assinatura do acordo sobre o programa nuclear iraniano, apoiado por Obama e duramente criticado por Netanyahu. Ambos procuraram minimizar os desentendimentos e apertaram as mãos em frente às câmeras.

"Não é segredo que o primeiro-ministro e eu discordamos fortemente sobre essa questão delicada, mas nós não discordamos sobre a necessidade de garantir que o Irã não terá armas nucleares", disse Obama.

Ao receber Netanyahu na Sala Oval (gabinete do presidente americano), Obama saudou a "ligação extraordinária" que existe entre os Estados Unidos e Israel. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense declarou que o encontro na Casa Branca é uma oportunidade para reforçar "a amizade, que é forte, e a aliança, que é forte" entre os dois países.

"Como já disse muitas vezes, a segurança de Israel é uma das minhas prioridades em termos de política externa", prosseguiu Obama, que criticou a recente onda de violência na região e afirmou que Israel tem o direito de se defender. "Condenamos de forma muito forte a violência palestina contra cidadãos israelitas inocentes", reforçou o presidente americano.

O presidente americano, no entanto, disse que gostaria de ouvir as ideias de Netanyahu para acabar com a tensão e ao, mesmo tempo, "assegurar que as legítimas aspirações palestinas" fossem atendidas.

Em resposta, Netanyahu reiterou seu compromisso com a solução de dois Estados, mas ressaltou que, como condição para isso, qualquer Estado palestino deve ser desmilitarizado e reconhecer Israel como pátria do povo judeu. Esses são pontos de discórdia no conflito, pois os palestinos rejeitam essas exigências, disse. "Eu quero deixar claro que nós não desistimos da nossa esperança para a paz", ressaltou o premiê israelense antes do encontro.

As negociações de paz para o conflito, intermediadas por Washington, foram suspensas por Israel em 2014, após a reconciliação entre a facção moderada palestina Fatah e o grupo radical Hamas. Apesar da afirmação de Netanyahu, a Casa Branca disse nesta segunda-feira que uma solução de dois Estados dificilmente será alcançada no governo de Obama, que termina em janeiro de 2017.

CN/rtr/afp/lusa/ap