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O que acontece com os técnicos da Copa do Mundo?

Marcela Mourão13 de julho de 2006

As seleções já projetam o trabalho para o próximo ciclo até o Mundial de 2010, na África do Sul. Enquanto durante a competição quem brilha são os jogadores, agora as atenções voltam-se aos técnicos. Quem sai, quem fica?

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Klinsmann se despede, mas seu esquema de trabalho deve ser mantidoFoto: AP

Um dia após os anúncios de Jürgen Klinsmann (Alemanha) e Marcello Lippi (Itália) de que deixam o cargo de treinadores de suas seleções, pergunta-se quais serão as próximas mudanças nos demais 30 times que disputaram a Copa do Mundo. Até agora, apenas dez seleções mantiveram o mesmo técnico.

Fußball: Brasiliens Trainer Carlos Alberto Parreira
Parreira não deve permanecer após decepção na CopaFoto: dpa

No Brasil, por exemplo, a dúvida é quanto ao futuro de Carlos Alberto Parreira. Ao que parece, uma conversa com Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, é o que falta para oficializar sua saída. Parreira, que levou o Brasil ao tetra em 1994, foi o responsável pela péssima campanha da seleção na Copa do Mundo na Alemanha, criticado por manter jogadores lentos, mas com nome, em vez de investir nos jovens com sede de gols. O Brasil foi eliminado nas quartas-de-final pela França.

Outro brasileiro também ainda não tem seu futuro definido. Luis Felipe Scolari, que em 2002 levou o Brasil ao penta, já manifestou seu desejo de permanecer comandando a seleção de Portugal. A decisão quanto ao destino de Felipão deve ser conhecida nos próximos dias.

Durante a Copa, o alemão Otto Pfister protagonizou muita polêmica juntamente com os jogadores de sua equipe, o Togo. Como não chegaram a um acordo com relação ao valor da premiação pela participação no torneio, o técnico chegou a pedir demissão na véspera da estréia, mas mudou de idéia e acabou seguindo com o time, enquanto os jogadores ameaçaram um boicote (ato que seria inédito na história das Copas). Mas o Mundial terminou, e o futuro de Pfister continua indefinido.

Klinsmann acabou não cedendo às pressões da torcida, mídia e dirigentes alemães para que seguisse comandando o time. O treinador, que passou de vilão a herói, deixou o cargo e deve voltar para os Estados Unidos, onde reside com a família. No entanto, a Alemanha não precisa se preocupar. Seu substituto, Joachim Löw, então assistente técnico da seleção, deverá manter o mesmo trabalho, considerado renovador.

Confira abaixo a situação dos 32 técnicos que atuaram na Copa.

Permanecem no cargo (10)

Angola: Luis Oliveira Gonçalves

Arábia Saudita: Marcos Paquetá

Croácia: Zlatko Kranjcar

Espanha: Luis Aragones

França: Raymond Domenech

Holanda: Marco van Basten

República Tcheca: Karel Bruckner
Suíça: Kobi Kuhn

Tunísia: Roger Lemerre

Ucrânia: Oleg Blokhin

Deixaram o cargo (14)

Alemanha: Jürgen Klinsmann, substituído por seu assistente Joachim Löw
Argentina: Jose Pekerman

Austrália: Guus Hiddink, saiu para treinar a seleção da Rússia

Coréia do Sul: Dick Advocaat, substituído por seu assistente Pim Verbeek

Costa Rica: Alexandre Guimarães

Costa do Marfim: Henri Michel

Irã: Branko Ivankovic

Itália: Marcello Lippi

Inglaterra: Sven Goran Eriksson, substituído por seu assistente Steve McClaren

Japão: Zico

México: Ricardo La Volpe

Polônia: Pawel Janas, substituído por Leo Beenhakker

Sérvia e Montenegro: Illija Petkovic

Trinidad e Tobago: Leo Beenhakker, saiu para treinar a Polônia e foi substituído por seu assistente Wim Rijsbergen

Futuro ainda indefinido (8)

Brasil: Carlos Alberto Parreira

Equador: Luis Fernando Suarez

Estados Unidos: Bruce Arena

Gana: Ratomir Dujkovic

Paraguai: Anibal Ruiz

Portugal: Luiz Felipe Scolari

Suécia: Lars Lagerback

Togo: Otto Pfister