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O Brasil na imprensa alemã (20/09)

20 de setembro de 2017

A terapia para "curar" a homossexualidade, o general que defendeu um novo governo militar no Brasil e a polêmica em torno da peça de teatro que apresenta Jesus como transgênero são destaques da semana.

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Foto: Reuters/P. Whitaker

N-TV – Brasil libera "terapia" para gays, 20/09/2017

Por meio de uma decisão judicial, psicólogos no Brasil estão autorizados a oferecer a cura para pessoas homossexuais. O veredicto é impulsionado por um movimento cristão que tem cada vez mais adeptos no país sul-americano.

O juiz acolheu um recurso da psicóloga Rozângela Justino, que perdera a licença por ter oferecido "terapias de reversão". Ao jornal Folha de S. Paulo, ela definiu a homossexualidade como "doença" e diz se sentir "direcionada por Deus para ajudar as pessoas homossexuais". Justino integra os cristãos evangélicos.

No Brasil cresce o movimento dos evangélicos, que se opõem de forma veemente à homossexualidade. Trinta e cinco porcento da população pertencem a essa tendência religiosa protestante. Eles defendem até mesmo que gays, lésbicas e transgêneros não apareçam em telenovelas.

O Conselho de Psicologia afirmou que o veredicto é um grande retrocesso e anunciou que vai recorrer. "Não há como curar o que não é doença", declarou o presidente do Conselho, Rogério Giannini, ao Guardian.

Stuttgarter Nachrichten – O anseio dos brasileiros por um golpe, 19/09/2017

As lágrimas encheram os olhos da top model Gisele Bündchen em palco aberto: seu apelo pela proteção da Floresta Amazônica foi saudado por centenas de milhares de visitantes do maior festival de rock do continente. "Fora, Temer! Fora, Temer" gritavam os espectadores no dia de abertura do festival Rock in Rio, que prossegue até o próximo fim de semana.

A top model é apenas uma entre milhões de brasileiros que estão profundamente decepcionados com a política brasileira. Os dias são novamente emocionais e tensos no Brasil, o que se reflete também no festival de rock. No fim de semana, tiroteios na Favela da Rocinha trouxeram instantes de medo para muitos participantes do festival, que tiveram de passar perto da favela para chegar ao palco.

Nessa situação confusa surgem vozes que pedem uma solução firme para os casos de corrupção sem fim em torno da empreiteira Odebrecht e da estatal Petrobras. A voz mais elevada até aqui é a do general Antonio Hamilton Mourão. Ele ameaçou com uma intervenção militar caso a Justiça não resolva "os problemas políticos". Ele disse ter a mesma opinião da liderança militar, de que esse momento chegará caso a Justiça não elimine "os elementos criminosos da vida pública". Nas redes sociais, um número cada vez maior de brasileiros festeja o general como um brasileiro de coragem. Já há manifestações a favor de um governo militar.

Agência católica KNA – Crítica à imagem de Jesus, 18/09/2017

Uma peça de teatro no estado brasileiro de São Paulo quer chamar a atenção para a tolerância e apresenta Jesus como transgênero. Isso atenta contra a dignidade cristã, afirma tribunal, que proíbe a encenação.

A peça fere a "dignidade cristã" e ridiculariza Jesus Cristo, segundo jornais brasileiros que citaram as razões para o veredicto. Na Europa a peça também já havia causado vários protestos, mas também foi elogiada pela sua mensagem de tolerância. A peça The Gospel According to Jesus, Queen of Heaven (O Novo Testamento segundo Jesus, rainha do céu) deveria ter sua estreia no sábado na cidade de Jundiaí. Poucos dias antes, um juiz proibiu a encenação. O teatro quer recorrer da sentença. Em 2016, a peça já havia sido encenada em São Paulo.

AS/ots