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Bactéria agressiva

27 de maio de 2011

Instituto Robert Koch registra novos casos de infecção por bactéria agressiva no país. Produtor diz que contaminação teria ocorrido no transporte. Enquanto isso, autoridades pedem regras mais rígidas de importação.

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Cultura de bactérias E.coli
Cultura de bactérias E.coliFoto: dapd

Depois de as autoridades sanitárias alemãs terem anunciado que pepinos provenientes da Espanha seriam uma das fontes de contaminação da bactéria agressiva Escherichia coli (E.coli), que já matou três pessoas na Alemanha, produtores espanhóis se defendem.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, Javier Lopez, um gerente da empresa Pepino Bio Frunet, identificada como fornecedora do produto infectado, afirmou que a contaminação teria ocorrido durante o transporte dos pepinos da Espanha para a Alemanha.

"Eles seguiram num caminhão e chegaram em 15 de maio a Hamburgo. No dia 16, nós recebemos um e-mail do nosso cliente dizendo que os pepinos haviam caído durante o transporte. Ele nos disse que, mesmo assim, ele pretendia vender o produto no mercado", explicou o gerente.

Na ocasião, 180 caixas de pepinos foram entregues. Lopez disse ainda que já na quarta-feira (25/05) recebeu um fax das autoridades de Hamburgo com a informação de que o produto continha a bactéria agressiva causadora das infecções intestinais nos consumidores alemães.

O número de pessoas infectadas continua aumentando na Alemanha. Segundo informações do Instituto Robert Koch, 60 novos casos foram confirmados nesta sexta-feira (27/05).

Contaminação e alerta

Enquanto isso, o presidente da Federação dos Produtores Rurais na Alemanha, Gerd Sonnleitner, exige regras mais severas para a importação de legumes. Ele afirma que a União Europeia precisa uniformizar os padrões, e que as normas deveriam também valer para fornecedores que estão fora do bloco. "Infelizmente, as importações são inspecionadas de maneira muito frouxa", lamenta.

As autoridades no estado da Baviera também fazem exigências semelhantes. O órgão estadual responsável pela segurança alimentar e saúde, LGL, argumenta que os vegetais provenientes da Espanha deveriam ser colocados à venda apenas depois que "a empresa produtora possa confirmar a ausência de perigo por meio de testes confiáveis".

Até o momento, avaliações feitas no estado não detectaram a presença da bactéria E.coli em legumes. "Nós recebemos as informações de outros estados com muita preocupação e já estamos conduzindo controles preventivos na Baviera", disse o presidente da LGL, Andreas Zapf.

Importação

Diante dos casos de contaminação, os pepinos espanhóis desapareceram das prateleiras dos supermercados – o que deverá custar milhões para o setor alimentício alemão. Anualmente, a Alemanha importa de 180 mil a 190 mil toneladas de pepino da Espanha, o equivalente a 40% de toda a importação alemã do fruto e a um valor estimado em 140 a 360 milhões de euros. Ainda não se fala em excluir a Espanha como fornecedora de pepino a longo prazo.

NP/dpa/rts/afp
Revisão: Carlos Albuquerque

Produtores de pepinos se defendem
Produtores de pepinos se defendemFoto: picture alliance/dpa