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"Não temos medo de ninguém", diz presidente da Ucrânia

22 de fevereiro de 2022

Zelenski prega diplomacia, mas afirma que país está pronto para se defender, após Rússia reconhecer regiões separatistas. Ele diz esperar "ações de apoio claras e efetivas" por parte dos parceiros internacionais.

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Foto de Zelenski de terno, durante o pronunciamento.
Em pronunciamento, presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, rejeitou fazer qualquer concessão de seu territórioFoto: Офіс Президента України/Youtube

Em pronunciamento à nação nas primeiras horas desta terça-feira (22/02), o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, acusou a Rússia de arruinar os esforços de paz direcionados para uma resolução do conflito no leste do país e rejeitou fazer qualquer concessão de seu território.

Horas depois de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconhecer a independência das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, Zelenski se reuniu com o Conselho de Segurança de seu governo e fez uma forte defesa da soberania de seu país.

Em seu pronunciamento, ele afirmou que seu governo tinha a intenção de resolver o conflito através da diplomacia, mas que o país está pronto para se defender, se necessário.

"Estamos comprometidos com o caminho pacífico e diplomático, o qual seguiremos", disse o presidente. "Mas, estamos em nossa própria terra; não temos medo de nada nem de ninguém, não devemos nada a ninguém, e não cederemos nada a quem quer que seja."

"O reconhecimento da independência das regiões ocupadas em Donetsk e Lugansk pode constituir uma retirada unilateral dos acordos de Minsk", declarou, se referindo ao processo de paz iniciado em 2015, mediado por Alemanha e França, que busca uma resolução pacífica para o conflito. 

Frustração com o Ocidente

Seu governo vinha expressando frustração com a recusa do Ocidente em impor sanções preventivas, depois de a Rússia acumular mais de 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia nas últimas semanas.

"Aguardamos ações de apoio claras e efetivas por parte de nossos parceiros", disse Zelenski. "Será muito importante vermos quem são nossos verdadeiros amigos e parceiros, e quem continuará a assustar a Federação Russa apenas com palavras."

O presidente assegurou que Kiev não reagirá a provocações e afirmou que o único sonho de seu país é a "paz na Ucrânia".

rc (dpa, Reuters)