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Nos EUA, Dilma volta a reclamar da política monetária dos países ricos

10 de abril de 2012

Presidente brasileira manifesta preocupação com os efeitos negativos dessa política para os países emergentes. EUA anunciam consulados em Porto Alegre e Belo Horizonte.

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Foto: AP

A presidente Dilma Rousseff criticou as políticas monetárias dos países ricos durante encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta segunda-feira (09/04), a exemplo do que já havia feito durante sua recente visita à Alemanha.

Segundo Dilma, essas políticas provocam a desvalorização das moedas dos países ricos, o que dificulta o desenvolvimento econômico dos países emergentes. O encontro entre os dois líderes aconteceu na Casa Branca, em Washington, e durou cerca de uma hora e meia.

Dilma também destacou o papel dos Estados Unidos na economia mundial. Segundo ela, em médio prazo, o crescimento da economia americana terá mais efeitos positivos para a recuperação global do que a expansão das economias dos países do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Dilma adiantou ainda que o desempenho da economia mundial será um dos temas centrais da próxima Cúpula das Américas, que acontecerá em Cartagena das Índias, na Colômbia, ainda este mês. "O crescimento econômico só ocorrerá se fizermos uma política voltada para fortalecer os nossos mercados internos e também impedindo que políticas protecionistas, principalmente aquelas ligadas ao câmbio, nos afete", afirmou.

Novos consulados

A visita de Dilma também é marcada por diversos acordos bilaterais, incluindo uma nova cooperação entre a Embraer e a Boeing. "O acordo estabelece um relacionamento importante entre duas das maiores empresas aeroespaciais do mundo para cooperação em temas relacionados com a melhoria da eficiência operacional, segurança e produtividade de aeronaves e satisfação dos clientes", diz um comunicado divulgado pela companhia brasileira.

A Boeing e a Embraer mantêm desde julho do ano passado uma parceria na área de produção de biocombustível para a aviação. A empresa brasileira atua no mercado norte-americano há mais de 30 anos e iniciou, no ano passado, a montagem de jatos executivos na unidade de Melbourne, na Flórida. Já a Boeing fornece aeronaves ao governo e a empresas brasileiras desde a década de 1930 e, dezembro passado, abriu uma sede em São Paulo.

Também nesta segunda-feira, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou a abertura de dois novos consulados no Brasil, nas cidades de Porto Alegre e Belo Horizonte. A medida faz parte do compromisso, assumido por Obama em janeiro deste ano, de facilitar a emissão de vistos para os brasileiros.

A secretária de Estado norte-americana anunciou ainda que vai ao Brasil na próxima semana para a reunião de Diálogo de Parceria Global Estados Unidos-Brasil. Segundo Clinton, as relações entre os dois países têm um enorme potencial de crescimento, que apenas começou a ser explorado.

AS/lusa/abr/afp
Revisão: Nádia Pontes