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Neonazista é condenado à prisão perpétua nos EUA

28 de junho de 2019

James Fields Jr. atropelou intencionalmente participantes de uma manifestação antifascista contra a presença de extremistas em Charlottesville. Na ocasião, uma mulher morreu e dezenas ficaram feridos. 

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Condenado lançou veículo contra multidão em 12 de agosto de 2017, provocando a morte de uma mulher e deixando 28 feridosFoto: picture-alliance/AP Photo/The Daily Progress/R. M. Kelly

Um juiz dos Estados Unidos sentenciou nesta sexta-feira (28/06) à prisão perpétua o neonazista que avançou seu carro contra uma multidão durante os protestos de 2017 na cidade de Charlottesville (Virgínia), causando a morte de uma mulher e deixando dezenas de feridos.

James Alex Fields Jr., de 22 anos, já tinha se declarado culpado em março dos 29 crimes de ódio pelos quais era acusado, incluindo o assassinato de Heather Heyer, de 32 anos, que morreu após ser atropelada.

Antes de receber a sentença, Fields Jr. pediu desculpas pelo incidente, segundo meios de comunicação locais. O acusado compareceu vestido com um traje de presidiário e com os punhos algemados em uma das salas da corte do distrito oeste da Virgínia, em Charlottesville.

Durante o julgamento, os advogados de Fields Jr. pediram ao juiz que tivesse compaixão do acusado, alegando que ele tem problemas mentais desde criança, e tentando assegurar que ele não jogou seu carro intencionalmente contra a multidão que protestava pacificamente contra uma passeata neonazista.

Diante disso, a promotoria descreveu o réu como um racista que não guarda "nenhum remorso" pelo seu crime e pelas sequelas psicológicas e físicas das suas vítimas.

No seu documento de acusação, a promotoria considerou que os "crimes do acusado são tão horrendos e os ataques aos inocentes foram tão graves" que qualquer fator atenuante - como a incapacidade mental do acusado - não devia ser levado em conta para impedir a imposição da sentença máxima.

Fields Jr. esteve em Charlottesville nos dias 11 e 12 agosto de 2017 para participar de uma passeata chamada "Unir a direita". Na ocasião, um grupo de neonazistas se manifestou pelas ruas de Charlottesville com tochas e entoando palavras de ordem xenófobas com o objetivo de protestar contra a retirada de uma estátua de Robert E. Lee, um general confederado da guerra civil dos EUA.

Esse protesto foi respondido com uma manifestação antifascista que pedia aos neonazistas que fossem embora de Charlottesville. Foi nesse momento que Fields pegou seu veículo e atropelou a multidão dos manifestantes, como mostram vídeos e fotografias que captaram o momento.

Nesse contexto, o presidente dos EUA, Donald Trump, provocou uma grande polêmica ao responsabilizar pela violência tanto os grupos neonazistas quanto os manifestantes antifascistas. Além disso, ele também argumentou que havia gente "muito boa" no grupo que protestava contra a retirada da estátua. Durante os incidentes, também morreram dois policiais em um acidente de helicóptero.

JPS/efe

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