1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Navid Kermani ganha Prêmio da Paz 2015

18 de junho de 2015

Escritor alemão-iraniano é distinguido com o renomado Prêmio do Comércio Livreiro Alemão. Kermani é uma importante voz numa sociedade que busca o convívio pacífico entre pessoas de diferentes religiões, diz júri.

https://p.dw.com/p/1Fj5c
Foto: picture alliance/dpa/T. Frey

O Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão será entregue este ano ao escritor Navid Kermani, anunciou nesta quinta-feira (18/06), em Berlim, o presidente da Associação do Comércio Livreiro Alemão, Heinrich Riethmüller. A distinção é dotada de 25 mil euros e tradicionalmente entregue na abertura da Feira do Livro de Frankfurt.

O escritor, ensaísta e orientalista muçulmano é "uma das vozes mais importantes da nossa sociedade, que, mais do que nunca, se ocupa com as experiências de pessoas das mais variadas nacionalidades e origens religiosas, no intuito de possibilitar uma convivência pacífica e orientada pelos direitos humanos", afirmou o júri responsável pela escolha, ao justificá-la.

Kermani, de 47 anos, discursou perante o Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão), no ano passado, durante as comemorações dos 65 anos da Lei Fundamental (Constituição) da Alemanha. No discurso, amplamente elogiado, ele abordou o problema dos refugiados e criticou duramente a lei de asilo alemã.

Kermani nasceu em Siegen, na Alemanha, filho de uma família de imigrantes iranianos e tem dupla nacionalidade. Em seus livros não ficcionais, o especialista em islã trata do Alcorão e do misticismo islâmico. Já em seus romances, aborda questões centrais da existência humana, como amor e sexualidade, espiritualidade e morte.

O Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão é entregue desde 1950 e é uma das mais importantes distinções literárias do país. Entre as personalidades distinguidas estão Albert Schweitzer (1951), Hermann Hesse (1955), Astrid Lindgren (1978), Siegfried Lenz (1988), Mario Vargas Llosa (1996), Martin Walser (1998), Jürgen Habermas (2001), Orhan Pamuk (2005) e David Grossman (2010).

AS/dpa/afp/kna