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Coronavírus: As últimas notícias sobre a pandemia (27/03)

27 de março de 2020

Mortes em 24 horas na Itália chegam a 919. Boris Johnson é diagnosticado com coronavírus. Chanceler federal alemã afirma que não vai afrouxar medidas restritivas contra o avanço do vírus.

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Caixões se acumulam em crematórios na Itália
Caixões se acumulam em crematórios na ItáliaFoto: picture-alliance/dpa/AP/LaPresse/C. Furlan

Resumo:

  • Mundo tem mais de 593 mil casos confirmados, e mais de 27 mil mortes e 130 mil pacientes recuperados
  • Brasil tem 3.417 casos e 92 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Itália bate novo recorde diário de mortes: 919
  • Boris Johnson é diagnosticado com coronavírus
  • Merkel diz que não vai afrouxar medidas restritivas contra avanço do vírus

Transmissão encerrada. As atualizações desta sexta-feira (27/03) estão no horário de Brasília:

21:21 - EUA já contam mais de 100 mil casos confirmados de coronavírus

 Os casos confirmados de infecção pelo coronavírus nos Estados Unidos chegaram a 101.657 nesta sexta-feira, segundo Universidade Johns Hopkins. É o maior número registrado entre todos os países do mundo. Além disso, o país já registrou 1.581 mortes. Só nas últimas 24 horas o país registrou mais 17 mil casos de contaminação.

O estado de Nova York lidera a contagem entre as 50 unidades federativas, com 44.876 casos e 519 mortes. População do estado é de 19,5 milhões. A cidade de Nova York registrou 366 mortes.

A Itália vem na sequência, com 86.498 casos, e a China ocupa a terceira posição, com 81.897 infecções confirmadas.

21:09 - Alemanha cruza marca dos 50 mil casos

Dados da Universidade Johns Hopkins apontam que a Alemanha registrou 50.871 casos de contaminação por coronavírus. O país ocupa a quinta posição no ranking de maior número de exames com resultado positivo. Ainda segundo os dados, 342 pessoas morreram na Alemanha até agora, e 6.658 se recuperaram.

20:55 - Papa conduz oração em Praça de São Pedro esvaziada e diante de crucifixo da época da peste negra

O papa Francisco realizou nesta sexta-feira uma histórica benção 'Urbi et Orbi' (À cidade e ao mundo), em uma Praça de São Pedro completamente vazia, como medida de prevenção diante da propagação do novo coronavírus, que já matou mais de 9 mil pessoas na Itália e mais de 27 mil no planeta.

Em meio ao silêncio e protegido por uma tenda da chuva incessante, o líder da Igreja Católica falou para fiéis que puderam assistir ao vivo através do site do Vaticano e outros meios. Para completar o cenário, o Vaticano levou para o local uma peça conhecida como crucifixo milagroso, que, segundo a tradição, salvou Roma da peste negra em 1522.

"Há semanas, parece que a tarde caiu. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades, apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo de um silêncio ensurdecedor e de um vazio desolador. Nos vimos amedrontados e perdidos", disse o pontífice.

A benção 'Urbi et Orbi' é feita, habitualmente, em três ocasiões, no Natal, na Páscoa e quando um novo papa é eleito. Mas, também acontece em momentos pontuais da história, como quando o Pio XII celebrou o 25º aniversário das aparições de Fátima, em 1942.

A oração de hoje tem uma característica particular, que é a do perdão oferecido a todos os católicos, assim como o próprio Francisco estabeleceu recentemente no decreto da Penitência Apostólica.

A cerimônia começou às 18h local (14h de Brasília), quando o papa se dirigiu em silêncio à praça, subiu as escadas e chegou ao sacrário montado para que oferecesse a homilia. Depois disso, o líder religioso se dirigiu até a Virgem Salus Populi Romani, nos portões do Vaticano.

As imagens de Francisco em uma Praça de São Pedro totalmente vazia, contrastando com a habitual multidão que o aguarda para uma celebração ou apenas um simples aceno vêm rodando o mundo, através da imprensa e das redes sociais.
 

20:45 – Governo vai barrar entrada por avião de estrangeiros por 30 dias

Medida atinge todas as nacionalidades. Portaria prevê exceções para residentes permanentes e cônjuges estrangeiros de brasileiros que chegarem pelos aeroportos. 

O governo brasileiro proibiu nesta sexta-feira a entrada, por via área, de estrangeiros de qualquer nacionalidade para tentar barrar o avanço da pandemia de coronavírus. 

A medida passa a valer na segunda-feira (30/03) e tem validade de 30 dias. 

A restrição prevê exceções para: estrangeiro cônjuge, filho, pai ou curador de brasileiro; imigrante com residência de caráter definitivo; profissional estrangeiro em missão a serviço de organismo internacional; funcionário estrangeiro acreditado junto ao governo brasileiro; estrangeiros cujo ingresso seja autorizado pelo governo brasileiro em vista do interesse público ou portador de Registro Nacional Migratório. Não haverá nenhuma restrição ao transporte de cargas.

A medida complementa outras ações já tomadas pelo governo. Na quinta-feira, o Brasil já havia imposto a mesma restrição aos portos. Na semana passada, fronteiras terrestres com oito países mais o departamento da Guiana Francesa. O Uruguai foi posteriormente incluído na medida. 

20:00 - Trump sanciona pacote trilionário  

O pacote de 2,2 trilhões de dólares em incentivos à economia aprovado pelo Congresso americano para  aliviar os impactos do surto de coronavírus na economia norte-americana foi sancionado hoje pelo presidente, Donald Trump. 

Aprovado pelo Congresso em um raro episódio de unidade bipartidária, o pacote de ajuda é o maior da história dos EUA. O valor representa um montante maior do que o Produto Interno Bruto do Brasil.

Ao assinar o documento, Trump afirmou: "Isto vai disponibilizar ajuda urgente". 

No início da sexta-feira, a Câmara dos Representantes aprovou quase por unanimidade o pacote de medidas, com dezenas de deputados votando a partir de casa. O Senado tinha aprovado a proposta por unanimidade ao final de quarta-feira.

19:47 - Justiça barra decretos de Bolsonaro que liberavam abertura de igrejas e lotéricas

A Justiça Federal do Rio de Janeiro suspendeu nesta sexta-feira trechos de dois decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro que classificavam igrejas e casas lotéricas como "atividades essenciais". Os decretos de Bolsonaro permitiam a abertura desses estabelecimentos mesmo com proibições impostas por estados e municípios, batendo de frente contra iniciativas de isolamento adotadas por prefeitos e governadores.

A decisão, da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias, atende pedido feito pelo MPF (Ministério Público Federal) e tem efeito imediato. "O acesso a igrejas, templos religiosos e lotéricas estimula a aglomeração e circulação de pessoas", escreveu o juiz federal substituto Márcio Santoro Rocha.

Bolsonaro nimmt an Gottesdienst teil
Bolsonaro em culto evangélico no CongressoFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na decisão, o juiz também determina que a União "se abstenha de editar novos decretos que tratem de atividades e serviços essenciais sem observar a Lei 7.783/1989 e as recomendações técnicas e científicas dispostas no art. 3º, § 1º da Lei 13.979/2020 sob pena de multa de R$ 100 mil".

Bolsonaro vem defendendo o abandono de medidas de isolamento social impostas por governos estaduais e municipais para conter a pandemia. Contrariando recomendações da Organização Mundial da Saúde e indo na contramão de dezenas de outros países, o presidente propõeuma forma de isolamento parcial, que incluiria apenas idosos e pessoas com doenças crônicas, o que, segundo ele, permitiria a volta de outros grupos ao trabalho. No entanto, esse tipo de estratégia já foi abandonada por países que chegaram a testá-la, como o Reino Unido.

A manutenção da abertura de igrejas vinha sendo defendida por pastores aliados do presidente que controlam megatemplos, como Silas Malafaia e Edir Macedo.

Já o tema das lotéricas chegou a ser abordado por Bolsonaro em sua tradicional live de quinta-feira. Na ocasião, ele disse que não havia risco de transmissão do coronavírus nesses locais porque as lotéricas "têm vídeo blindado", ignorando potenciais aglomerações de clientes. "Pelo amor de Deus, fechar casa lotérica… Inclusive, o cara que trabalha na lotérica tem um vidro blindado. Não vai passar o vírus ali. O vidro é blindado, não vai passar, ele trabalha no lado de cá”, disse o presidente.

18:47 – "Alguns vão morrer, lamento, é a vida”, diz Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta sexta-feira o fim das medidas de isolamento social impostas por vários governos estaduais para conter o avanço do coronavírus. Ele defendeu que a população volte ao trabalho e disse que “infelizmente” alguns “vão morrer”. 

"Alguns vão morrer, vão morrer, lamento, é a vida. Não pode parar uma fábrica de automóveis porque tem mortes no trânsito", disse Bolsonaro em entrevista à TV Bandeirantes. “O Brasil tem que voltar à normalidade imediatamente”.

Bolsonaro vem defendendo uma abordagem mais limitada para conter o coronavírus, o “isolamento vertical” ou “parcial”, que só incluiria grupos de risco, como idosos e pessoas com doenças crônicas, o que, na sua opinião, permitiria que outros grupos voltem ao trabalho sem restrições. 

No entanto, esse plano já foi abandonado por países como o Reino Unido e vai na contramão das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de quase toda a estratégia global para conter a doença. Várias das recomendações de Bolsonaro também vêm entrando em choque com o próprio Ministério da Saúde.

Bolsonaro também voltou a atacar os governadores que vem adotando a estratégia de outros países e chamou a doença mais uma vez de “gripezinha”. Ele também voltou a chamar a pandemia, que já deixou 24 mil mortos pelo mundo, de “alarmismo”.

"O maior remédio para a doença é o trabalho. Quem pode trabalhar, tem que voltar a trabalhar. Não pode se esconder, ficar de quarentena não sei quantos dias em casa e está tudo bem. Não é assim", disse. “Tá faltando bom senso por parte de algumas autoridades do Executivo estaduais e municipais. O Brasil não pode quebrar por causa de um vírus. Tentam quebrar o Brasil com esse alarmismo", 

Bolsonaro ainda pôs em dúvida, sem apresentar qualquer prova, o número de casos do novo coronavírus no estado de São Paulo. Dados do governo paulista indicam que o estado tem 1.223 casos confirmados da doença e 68 mortes. “Não tô acreditando nesses números de São Paulo”, disse. "Para nós, aqui no Brasil, pode ser que não seja tudo isso que aconteceu em alguns países"

Nos últimos dias, Bolsonaro vem protagonizando um embate com o governo de São Paulo, Joao Doria, sobre a estratégia de lidar com o coronavírus, criticando furiosamente a abordagem mais ampla do mandatário paulista. 

Também sem apresentar provas ou qualquer estudo, o presidente disse que a maioria das mortes na Itália, um dos países mais atingidos pelo coronavírus no mundo, “não tiveram nada a ver com o vírus”. Nesta sexta-feira, a Itália contabilizava mais de 9 mil mortes causadas pela covid-19.
 

16:57 – Brasil registra mais 15 mortes por coronavírus.

Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira, total de mortes por coronavírus no país chega a 92. Casos confirmados de contaminação alcançam marca de 3.417 – um aumento de 17% em relação ao dia anterior. Este é o boletim com o maior número de novos casos em um período de 24 horas dia: 502.

São Paulo concentra 1.223 casos da doença, e o Rio de Janeiro, 493. Na sequência aparecem o Ceará (282), o Distrito Federal (230), Rio Grande do Sul (195) e Minas Gerais (189).

14:40 – Após premiê, ministro da Saúde britânico também anuncia estar com coronavírus

O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, anunciou nesta sexta-feira, que está com o novo coronavírus, assim como o primeiro-ministro do país, Boris Johnson. O integrante do governo divulgou a informação cerca de uma hora depois que o premiê revelou que havia sido submetido a teste, que confirmou a infecção nele.

Hancock garantiu que está seguindo todas as orientações médicas e está em estado de isolamento para impedir que outras pessoas também sejam contaminadas pelo novo coronavírus. O ministro revelou que apresenta sintomas "muito leves" e que, enquanto estiver em quarentena, pretende seguir trabalhando para "ajudar o Reino Unido a responder à pandemia".

14:00 – Número diário de mortes bate novo recorde na Itália

Depois de alguns dias de redução, o número de mortos em 24 horas na Itália em decorrência do coronavírus chegou a 969, o pior registro diário no país e no mundo desde o início da pandemia.

A taxa de infecções, no entanto, continuou em queda. De acordo com a Agência de Proteção Civil italiana, 4.401 novos casos foram registrados nas últimas 24 horas no país, um aumento de 6,6% em relação ao dia anterior. Ontem o acréscimo foi de cerca de 8%.

Com os novos dados, os casos da covid-19 no país europeu chegaram a 86.498, passando o registrado na China, e o de mortes a 9.134.

13:40 – Espanha proibirá demissão de trabalhadores durante crise

O governo da Espanha proibirá as demissões de trabalhadores durante a crise provocada pela propagação do novo coronavírus, numa tentativa de conter as consequências sociais da pandemia no país.

"Não se pode aproveitar a Covid-19 para demitir", disse, em entrevista coletiva, a titular da pasta do Trabalho, Yolanda Díaz, logo após a conclusão de reunião do Conselho de Ministros.

Segundo a integrante do governo, a proibição estabelece a impossibilidade de realizar demissões por "força maior", lembrando que já foi aprovado um mecanismo especial para facilitar as suspensões temporárias de emprego. "Não é necessário demitir ninguém no nosso país. Não iremos deixar ninguém para trás", garantiu Díaz.

Até o momento, a Espanha registrou pedidos de regulação temporária de emprego em mais de 210 mil empresas, o que afetou cerca de 1 milhão de trabalhadores. A ministra garantiu que todas as solicitações apresentadas até o momento serão revisadas e que, caso seja encontrada alguma irregularidade, a aceitação pode ser revogada.

13:15 – França prolonga quarentena por mais 15 dias

O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, anunciou a prorrogação da quarentena no país por mais duas semanas a partir da próxima terça-feira. Dessa maneira, a medida fica em vigor até, ao menos, 15 de abril. O confinamento da população começou no dia 17 de março e deveria terminar na próxima terça-feira.

Em breve pronunciamento, Philippe disse que a França ainda não chegou ao ápice do número de contágios. O país contabiliza 1.696 mortes devido à Covid-19 em hospitais e clínicas.

Durante esse período, as regras serão as mesmas que as atuais e os franceses só poderão sair de casa para trabalhar, ir ao mercado, farmácia e médico, para ajudar parentes e fazer exercícios físicos ao ar livre.

Para circularem na via pública, os franceses precisam de uma declaração, disponível no site do Ministério do Interior, que eles próprios preenchem e onde justificam a saída.

13:00 – Governo anuncia R$40 bi em crédito para empresas pagarem salários

O governo federal vai oferecer 40 bilhões de reais em crédito para que pequenas e médias empresas possam financiar dois meses de salários (20 bilhões por mês). A medida, anunciada em coletiva de imprensa no início da tarde desta sexta-feira, atende empresas que têm faturamento anual entre 360 mil e 10 milhões de reais. 

A verba deverá financiar até dois salários mínimos por trabalhador. Ficará a critério da empresa complementar o valor para funcionários que ganhem mais. Essas empresas precisarão se comprometer a não demitir os trabalhadores por dois meses e os valores emprestados serão depositados diretamente na conta dos funcionários.

Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a taxa de juros será de 3,75% ao ano, em linha com a Selic. Normalmente, a taxa neste caso é de 20%. A expectativa é que a medida beneficie 1,4 milhão de empresas e 12,8 milhões de pessoas.

De acordo com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, 75% dos 40 bilhões de reais virão do Tesouro Nacional, e o restante, de bancos privados. O programa foi desenhado pelo Banco Central, Ministério da Economia e BNDES. 

Na mesma coletiva, a Caixa anunciou a redução de juros em todas as suas linhas de crédito, sem exceção. 

Essas medidas vêm após a dificuldade de obtenção de crédito e renegociação de dívidas que empresas têm enfrentado junto a bancos privados, que temem calote. 

12:30 – Presidente e ministros do Uruguai reduzem seus salários

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, anunciou que ele, os ministros do governo e os parlamentares do país deverão ter seus salários reduzidos em 20% como uma das medidas para ajudar a combater a pandemia do novo coronavírus.

O dinheiro deverá ser destinado a um chamado Fundo Coronavírus. Segundo Lacalle Pou, além do corte salarial de integrantes do governo e parlamentares, haverá a retenção de 20% do salário de diretores de organizações autônomas e dos serviços descentralizados do país.   

O fundo ainda será abastecido com dinheiro dos salários e dos fundos de pensão de funcionários públicos – inclusive de ex-presidentes da República – que recebem mais de 80.000 pesos mensais (o equivalente a cerca de 9.400 reais). A parcela do desconto ainda não foi definida, mas deverá ficar entre 5% e 20% da remuneração mensal desse grupo.   

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11:13 – Vocalista do Rammstein está na UTI por causa do coronavírus

O vocalista da banda Rammstein, Till Lindemann, está na UTI de um hospital de Berlim, informou nesta sexta-feira o jornal alemão Bild. Ele foi infectado pelo novo coronavírus.

Lindemann, de 57 anos, regressou no dia 15 de março para a Alemanha, depois de uma apresentação solo na Rússia, e logo em seguida teve febre alta e necessitou de atendimento médico.

Ele foi diagnosticado com pneumonia e levado à UTI de um hospital berlinense, onde está de quarentena. Lindemann testou positivo para o novo coronavírus. O estado de saúde dele melhorou nos últimos dias, informou o Bild.

Till Lindemann em show em Berlim
Lindemann voltou doente da RússiaFoto: picture-alliance/dpa/C. Soeder

10:50 – Vitamina D pode ajudar a reduzir risco de contágio por coronavírus, diz estudo

A vitamina D pode ter um papel importante no tratamento e prevenção da covid-19, sugere um estudo da Universidade de Turim, que analisou a relação entre a deficiência deste nutriente no corpo e o novo coronavírus.  

Coordenado pelo professor Giancarlo Isaia, docente em geriatria e presidente da Academia de Medicina da cidade italiana, e por Enzo Medico, professor de histologia (estudo de tecidos), a pesquisa mostrou que "dados preliminares coletados nos últimos dias em Turim indicam que os pacientes com a covid-19 apresentam uma prevalência muita alta de deficiência de vitamina D".

Os dados apurados na pesquisa, segundo os dois especialistas, mostraram que a vitamina D tem papel ativo na regulação do sistema imunológico. Outras evidências indicam que o composto tem um efeito "na redução do risco de infecções respiratórias de origem viral, inclusive na do coronavírus". O elemento também teria capacidade de combater danos pulmonares causados por inflamações.  

Ter vitamina D suficiente no organismo também "pode ser necessário para determinar uma maior resistência às infecções de covid-19, (possibilidade) que, apesar de haver menos evidências científicas, pode ser considerada verossímil", escrevem os pesquisadores.  

A falta da molécula no organismo é ainda frequentemente associada a diversas doenças crônicas que podem reduzir a expectativa de vida em idosos, "tanto mais no caso de infecções da covid-19".  

10:45 – Adidas não vai mais pagar aluguel de lojas fechadas

A Adidas confirmou nesta sexta-feira relatos na imprensa alemã de que vai suspender o pagamento do aluguel de suas lojas que estiverem fechadas na Alemanha. Também a rede H&M anunciou que não pagará mais o aluguel das 460 lojas que têm na Alemanha e que estão fechadas.

Várias outras empresas deverão seguir o exemplo. O pacote anticoronavírus do governo alemão, aprovado nesta sexta-feira, prevê que locatários poderão ficar os próximos três meses sem pagar aluguel e não poderão ser expulsos por inadimplência. O valor deverá ser pago depois, em até dois anos. A regra vale apenas se o locatário enfrentar problemas para pagar por causa da crise econômica causada pelo coronavírus.

10:00 – Itália ainda não atingiu pico de infecções, diz chefe da Saúde do país

As infecções pelo novo coronavírus na Itália não atingiram seu pico, segundo informou o chefe do Instituto Superior de Saúde do país, Silvio Brusaferro, nesta sexta-feira, após mais de 6.150 novos infectados e 712 óbitos serem registrados em 24 horas.

"Não atingimos o pico e não passamos por ele", afirmou Brusaferro em coletiva de imprensa. No entanto, Brusaferro disse haver "sinais de desaceleração" no número de pessoas infectadas, sugerindo que o pico pode não estar longe, depois dos novos casos mostrando uma visível tendência descendente.

"Quando uma desaceleração começa, sua intensidade depende do nossa comportamento", disse, referindo-se a quanto os italianos continuarão respeitando as restrições impostas pelo governo. 

Médicos em hospital na Itália
Itália já registrou mais de 80 mil infecções e 8,2 mil mortes pelo coronavírusFoto: Reuters/Policlinico Gemelli

9:50 – Pacote de 750 bilhões de euros é aprovado na Alemanha

O Bundesrat (conselho que reúne os estados alemães) aprovou nesta sexta-feira o pacote de 750 bilhões de euros elaborado pelo governo alemão para combater a crise do novo coronavírus e já aprovado na quarta-feira pelo Bundestag (Parlamento).

O pacote inclui um fundo de resgate de 600 bilhões de euros para grandes empresas e um orçamento suplementar emergencial de 156 bilhões de euros em novas dívidas e é o maior do período pós-Guerra.

Com a aprovação, a Alemanha deixa de lado a regra seguida desde 2014, ainda no governo anterior da chanceler federal Angela Merkel, de não contrair novas dívidas. Além disso, os deputados suspenderam um artigo constitucional que limita as novas dívidas do governo federal em 0,35% do PIB.

O valor do orçamento emergencial inclui 122,8 bilhões de euros de ajuda para empresas e serviços de saúde e leva em conta uma queda estimada de 33,5 bilhões de euros em impostos. Tudo isso será financiado com emissões de títulos da dívida pública.

O governo quer repassar 3 bilhões de euros para os hospitais e dobrar o número de leitos nas UTIs, hoje em 28 mil em todo o país. Também estão previstas uma série de medidas para aliviar os custos das empresas, de pequenas a grandes.

09:00 – Bolsonaro posta vídeo de carreata contra confinamento

O presidente Jair Bolsonaro postou em sua conta no Facebook um vídeo que mostra um carreata realizada em Balneário Camboriú, Santa Catarina, contra medidas de isolamento social para conter a propagação do coronavírus. "O povo quer trabalhar", escreveu o presidente na postagem.

No vídeo, a pessoa que filma uma avenida repleta de carros buzinando afirma: "Acabou a palhaçada aqui em Balneário Camboriú [...] Bolsonaro na cabeça [...] Acatando agora a reivindicação do presidente Bolsonaro, volta a trabalhar normalmente, e as aulas também em Balneário Camboriú, show de bola."

O presidente vem defendendo o o isolamento parcial de pessoas em meio à pandemia do coronavírus. Em entrevista diante do Palácio da Alvorada nesta quarta, o presidente disse que apenas pacientes que fazem parte de grupos de risco, como idosos, devem ficar em isolamento domiciliar. Ele criticou medidas restritivas adotadas por governadores. 

Médicos contestam as declarações dadas por Bolsonaro, afirmando que idosos não são os únicos que correm riscos com o novo coronavírus, e que o isolamento social é medida eficaz para conter avanço da epidemia.

08:30 – Boris Johnson é diagnosticado com coronavírus

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, testou positivo para o novo coronavírus. Ele está em isolamento, mas disse que seguirá coordenando as respostas do governo à pandemia de covid-19 a partir de sua casa.

"Nas últimas 24 horas, desenvolvi sintomas leves e testei positivo para o coronavírus", anunciou o premiê, de 55 anos, via Twitter. Segundo Johnson, ele apresentou temperatura elevada e tosse persistente.

"Posso continuar, graças à magia da tecnologia, me comunicando com minha equipe e coordenando a luta nacional contra o vírus", disse. "Juntos vamos derrotar isso", escreveu o premiê, usando a hashtag #StayHomeSaveLives (#FiqueEmCasaSalveVidas).

Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, o Reino Unido tem mias 11,8 mil infecções pelo coronavírus Sars-Cov-2 confirmadas, e 580 mortes.

Nesta segunda-feira, Johnson ampliou as medidas de restrição de movimento no Reino Unido para tentar conter o avanço do coronavírus. Por três semanas, os cidadãos poderão sair apenas para trabalhar, ir ao mercado ou ao médico e fazer exercícios em espaços públicos. 

08:15 – Internações por problemas respiratórios graves têm explosão no Brasil, diz Fiocruz

Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que o Brasil teve uma explosão de internações de pessoas com insuficiência respiratória grave depois que o primeiro paciente com coronavírus foi detectado no país, no dia 25 de fevereiro. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira.

Na última semana de fevereiro, 662 pessoas foram internadas com doença respiratória aguda e apresentaram sintomas como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade para respirar.

No período entre 15 e 21 de março, as novas internações subiram para 2.250 pacientes em todo o país. Segundo a Folha, o número foi calculado com base em notificações oficiais enviadas por unidades de saúde, hospitais públicos e privados ao Ministério da Saúde.

Segundo o pesquisador da Fiocruz Marcelo Ferreira da Costa Gomes, ouvido pelo jornal, o "grande aumento" nas internações pode ter sido ocasionado "em decorrência da covid-19".

07:50 – Alemanha tem aumento de quase 6 mil casos num único dia

O número de infecções pelo coronavírus Sars-Cov-2 aumentou em quase 6 mil em 24 horas em toda a Alemanha, segundo informações do Instituto Robert Koch (RKI), que previne e controla doenças no país. De acordo com o instituto, houve 5.780 novos casos entre quinta e sexta-feira. O número total de casos subiu, assim, para 42.288. O RKI contabiliza 253 mortes.

Apesar do aumento expressivo no número de casos, o presidente da Sociedade Alemã de Hospitais, Gerald Gass, afirmou que acredita ser possível a Alemanha conseguir evitar cenário similar ao da Itália, onde mais de 80 mil pessoas contraíram o vírus e mais de 8 mil morreram.

"Estou seguro de que, pelo menos durante as duas próximas semanas, conseguiremos evitar condições como na Itália", disse em entrevista à TV alemã. Para isso, porém, é preciso respeitar as regras de isolamento e medidas restritivas adotadas no país, lembrou Gass.

Segundo contagem da universidade americana Johns Hopkins, que atualiza os números de hora em hora, o total de pessoas infectadas na Alemanha é de 47.278, houve 281 mortes em decorrência de infecção pelo vírus, e 5.673 pacientes se recuperaram da doença no país.

07:30 – Torre Eiffel agradece a quem combate coronavírus com "Merci" iluminado

Para demonstrar solidariedade com os trabalhadores que estão lutando para conter a disseminação do coronavírus, a Torre Eiffel deverá ter iluminação especial todas as noites. Às 20h (horário local), a palavra "Merci" deverá ser projetada no monumento, disse comunicado da prefeitura.

Entre 20:30 e 23:00, os dizeres "Restez chez vous", em francês, e "Stay at home", em inglês, serão projetadas com luz alternadamente para lembrar a população a se isolar. A Torre Eiffel já chegou a ser iluminada por mais tempo para agradecer a agentes de saúde pela atuação em meio à pandemia.

07:15 – Especialistas recomendam testes em massa na Alemanha

Num documento estratégico confidencial do Ministério do Interior da Alemanha, especialistas recomendam que o governo adote um procedimento "eficiente de testes e isolamento" no âmbito da pandemia do coronavírus Sars-Cov-2.

O documento, intitulado "Como conseguiremos controlar a covid-19", foi encomendado pelo chefe da pasta, Horst Seehofer, no dia 18/03, e encaminhado à chanceler federal alemã, Angela Merkel, e aos ministérios da Defesa e da Saúde. O jornal Süddeutsche Zeitung e as emissoras alemãs WDR e NDR tiveram acesso ao texto.

A ideia, segundo os especialistas é evitar um cenário de disseminação descontrolada por meses, com muitas mortes e consequências de longo prazo para a economia e a sociedade.

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05:54 – Merkel diz que não vai relaxar medidas restritivas contra o coronavírus

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, é contra o afrouxamento das medidas restritivas adotadas pelo país contra o avanço do coronavírus Sars-Cov-2 já depois da Páscoa (12/04). Na noite de quinta-feira, a mandatária pediu paciência aos cidadãos do país.

O fechamento de escolas e creches, por exemplo, vale até o fim das férias da Páscoa, dia 19/04.

Na noite de quinta-feira (26/03), Merkel disse que, "claramente, este não é o momento de falar sobre o afrouxamento dessas medidas".

A chanceler justificou a fala reiterando que não quer que o sistema de saúde do país seja sobrecarregado e que o número de novas infecções ainda está aumentando na Alemanha.

Ela explicou que, atualmente, ainda demora de quatro a cinco dias para que o número de pessoas infectadas duplique. Por isso, o período de tempo para medidas como o isolamento social vigorarem precisa ser estendido "por pelo menos dez dias". Além disso, o período de incubação do vírus dura de no mínimo cinco dias e até no máximo 14 dias, disse Merkel, pedindo "paciência às pessoas. Sempre esteve claro que só podemos pensar nisso (em afrouxar as medidas) quando virmos efeitos (das restrições)".

Ela ainda lembrou que algumas das medidas restritivas, como a proibição de reuniões com mais de duas pessoas em público, passaram a vigorar apenas no início desta semana (23/03), um período muito curto para avaliar a eficácia das decisões.

05:06 – China continental registra primeira transmissão local em três dias

A China continental registrou sua primeira transmissão local do coronavírus Sars-Cov-2 em três dias. A Comissão Nacional de Saúde do país divulgou nesta sexta-feira (27/03) que apenas um dos novos casos registrados na China continental foi contraído localmente. Os outros 54 casos relatados no país são de origem estrangeira, ou seja, foram "importados". No dia anterior, a China contou 67 novos casos.

O novo caso local foi registrado na província de Zheijiang, segundo a comissão. A China tem 81.782 casos de infecção pelo coronavírus, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins. Desde a eclosão da pandemia, no final de 2019, o país registrou 3.296 mortes.

01:00 – Câmara aprova ajuda de até R$1,2 mil para informais 

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. A matéria segue para análise do Senado. 

Pelo texto, o auxílio pode chegar a 1,2 mil reais por família. O valor final, superior aos 200 reais anunciados para trabalhadores informais pelo Ministério da Economia no dia 18 deste mês, foi possível após articulação de parlamentares com membros do governo federal. O projeto prevê ainda que a mães solteiras recebam o equivalente a duas cotas.

O governo estima que 24 milhões de pessoas serão beneficiadas com a medida e, segundo a Instituição Fiscal Independente do Senado, o impacto econômico é de 43 bilhões de reais.

Será permitido a duas pessoas de uma mesma família acumularem benefícios: um do auxílio emergencial e um do Bolsa Família. Se o auxílio for maior que a bolsa, a pessoa poderá fazer a opção pelo auxílio. O pagamento será realizado por meio de bancos públicos federais via conta do tipo poupança social digital. Essa conta pode ser a mesma já usada para pagar recursos de programas sociais governamentais, como PIS/Pasep e FGTS, mas não pode permitir a emissão de cartão físico ou cheques.

Os trabalhadores deverão cumprir alguns critérios, em conjunto, para ter direito ao auxílio:

- ser maior de 18 anos de idade;

- não ter emprego formal;

- não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;

- renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e

- não ter recebido rendimentos tributáveis, em 2018, acima de R$ 28.559,70.

Pelo texto, o beneficiário deverá ainda cumprir uma dessas condições:

- exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);

- ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);

- ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou

- ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.

  • Adicional de insalubridade

Outra proposta aprovada pelos parlamentares na quinta-feira garante adicional de insalubridade para trabalhadores de serviços essenciais ao combate a epidemias em casos de calamidade pública.

O texto prevê que profissionais da área de saúde, segurança pública, vigilância sanitária, corpo de bombeiros e limpeza urbana devem receber o pagamento de adicional em grau máximo, o equivalente a 40% do salário mínimo da região.

  • Dispensa de atestado para infectados

O plenário da Câmara também aprovou um projeto de lei que dispensa apresentação de atestado médico para justificar falta de trabalhador infectado por coronavírus ou que teve contato com doentes. A proposta segue para o Senado Federal.

O projeto garante afastamento por sete dias, dispensado o atestado, mas obriga o empregado a notificar o empregador imediatamente.

Em caso de quarentena imposta, o trabalhador poderá apresentar, a partir do oitavo dia, justificativa válida, atestado médico, documento de unidade de saúde do SUS ou documento eletrônico regulamentado pelo Ministério da Saúde. A regra vale enquanto durar a emergência pública em saúde relacionada à pandemia do coronavírus.

 

Pessoas sentadas a mesas no Brooklyn Navy Yard usando máscaras faciais produzem equipamento médico extra para conter avanço do coronavírus nos Estados Unidos.
Americanos produzem material de proteção médico, como máscaras faciais, em Nova YorkFoto: Getty Images/AFP/A. Weiss

00:00 – Resumo dos principais acontecimentos desta quinta-feira:

  • Casos de coronavírus pelo mundo atingem marca de meio milhão
  • Senado americano aprova pacote de US$ 2 trilhões por unanimidade
  • China proíbe temporariamente entrada de estrangeiros no país
  • Itália registra 712 mortes nas últimas 24 horas
  • França aplicou 225 mil multas por violação de confinamento

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