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Mudança climática é maior ameaça para o futuro, diz Obama

3 de agosto de 2015

Em discurso na Casa Branca, presidente americano defende seu ambicioso plano para combater o aquecimento global. Objetivo é que, até 2030, mais de 30% da energia gerada nos EUA seja limpa.

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Foto: Reuters/J. Ernst

Ao lançar o Plano de Energia Limpa, que visa reduzir as emissões de gases do efeito estufa no setor energético americano, o presidente Barack Obama afirmou nesta segunda-feira (03/08) que o aquecimento global é um dos principais desafios para o futuro.

"Nenhum desafio representa uma ameaça maior para o nosso futuro e de gerações futuras do que a mudança climática", disse Obama, acrescentando que está ficando "tarde demais" para evitá-la.

"Essa é uma das raras questões, por causa da sua magnitude e âmbito, da qual se não nos ocuparmos, não poderemos revertê-la. E não seremos capazes de nos adaptar suficientemente", alertou o presidente americano.

Pelo plano anunciado por Obama, Washington pretende até 2025 reduzir entre 26% e 28% das emissões de gases do efeito estufa no setor energético, em relação os níveis registrados em 2005. Essa redução deve alcançar 32% em 2030.

Obama descreveu a decisão como um dos "passos mais importantes" do país no combate ao aquecimento global. "Nós somos a primeira geração a sentir os impactos da mudança climática e a última geração que pode fazer algo sobre isso", ressaltou o presidente.

O plano, considerado peça-chave da agenda política de Obama contra o aquecimento global, deverá enfrentar a resistência da oposição republicana, que alega que a medida vai reduzir os postos de trabalho no setor e elevar os custos de energia, causando um impacto na economia.

Maior vilão

Além de estimular metas para a redução de emissões, o plano também pretende estimular a produção de energia limpa. Até 2030, fontes de energia renováveis deverão gerar 28% da energia consumida no país.

A diminuição da dependência do carvão, segundo a Casa Branca, tratará uma economia no futuro de até 85 dólares por ano na contra de luz dos americanos, e contribuirá para melhorar a saúde pública.

Os Estados Unidos é o segundo maior emissor de gás carbônico do mundo, ficando atrás apenas da China. No país, o setor energético é um dos maiores poluidores. As usinas termelétricas movidas a carvão são responsáveis por cerca de um terço das emissões americanas.

Os estados americanos têm flexibilidade para decidir qual é a melhor forma de cortar emissões no setor. Eles devem apresentar até 2016 os planos locais para alcançar as metas federais.

Bem recebido

O Plano de Energia Limpa apresentado por Obama é um componente-chave para que seja alcançado um acordo global na conferência do clima da ONU, que é realizada neste ano em Paris. O acordo visa estipular medidas para evitar que o aumento da temperatura global ultrapasse a meta de 2 graus Celsius.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou a proposta americana. "Acreditamos que esse plano mostra que os Estados Unidos estão determinados a enfrentar o aquecimento global, além de economizar dinheiro e promover o crescimento econômico", afirmou o porta-voz de Ban, Stephane Dujarric.

Segundo Dujarric, a liderança de Obama no combate às mudanças climáticas foi essencial para incentivar outros países-chave a se comprometer a garantir um "acordo universal, duradouro e significativo".

CN/lusa/apf/rtr/dpa