Separadas pelo mar
27 de junho de 2011Em um plebiscito realizado neste domingo (26/06), a população da ilha alemã de Helgoland, no Mar do Norte, votou contra o projeto de unir por meio de um aterro as duas partes da ilha. Há anos a localidade vem perdendo moradores e turistas. O projeto de unir a ilha maior à ilhota vizinha permitiria a construção de mais hotéis e casas.
Dos 1.312 eleitores de Helgoland, 1.068 compareceram às urnas neste domingo. A maioria deles (54,7%) mostrou-se contrária à junção das ilhas, enquanto 45,3% foram favoráveis ao projeto. O prefeito de Helgoland, Jörg Singer, que defendera aterrar a área de poucos metros de profundidade, se disse decepcionado com o resultado do plebiscito.
"Eu me empenhei por isso. O turismo de Helgoland está indo bem novamente depois de muitos anos de números em declínio. Mas a evolução da população da ilha é bastante negativa, tendo caído pela metade nos últimos 20 a 25 anos", declarou Singer à emissora de TV ZDF. Para ele, morar à beira d'água e em alto-mar deveria ser um atrativo para as pessoas.
Singer disse ainda que a comunidade procuraria outras maneiras de promover um "desenvolvimento sustentável e orientado para o futuro". Pessoas contrárias ao projeto temiam que um crescimento excessivo acabasse com as características das ilhas, conectadas por terra até uma inundação em 1720.
A ilha principal de Helgoland abriga a população do arquipélago, enquanto a ilha menor, conhecida como Düne, é inabitada. Um estudo recente mostrou que o antigo território britânico, cedido à Alemanha em 1890, precisaria aumentar a sua população permanente para 1.500 habitantes caso queira se manter viável economicamente.
LF/dw/dapd/afpd/dpa
Revisão: Alexandre Schossler