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Minas Gerais decreta emergência por febre amarela

13 de janeiro de 2017

Desde o início do ano, leste do estado registra 133 casos suspeitos e 38 mortes que podem estar relacionadas ao vírus. Doença não é transmitida em áreas urbanas no país desde 1942.

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Febre amarela é transmitida por vários tipos de mosquito
Febre amarela é transmitida por vários tipos de mosquitoFoto: picture-alliance/dpa/A. Weigel

O governo de Minas Gerais decretou nesta sexta-feira (13/01) situação de emergência em saúde pública em regiões atingidas pelo surto de febre amarela no estado. Autoridades investigam 133 casos suspeitos da doença, com 38 mortes que podem estar relacionadas ao vírus.

O decreto afirma que a região afetada pelo surto inclui 152 municípios no leste do estado, entre eles Governador Valadares e Teófilo Otoni, onde há 48 casos suspeitos da doença, com 14 mortes. Em oito delas o vírus foi confirmado.

A situação de emergência agiliza o processo para a adoção de medidas administrativas para conter a doença, como a aquisição de medicamentos, além da contração de serviços e de funcionários temporários, ao dispensar a necessidade de licitações. O decreto cria também um mecanismo para o monitoramento das ações.

De acordo com o texto, o decreto considera que "a febre amarela é uma doença de potencial epidêmico e elevada letalidade".

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais afirmou nesta quinta-feira que o número de casos suspeitos da doença, registrados desde o início deste ano, chegou a 133. Destes, 20 são tratados como prováveis. Entre os 38 óbitos que podem estar relacionadas ao vírus, dez são considerados prováveis.

A febre amarela tem vacina e é causada pelo vírus da família flaviviridae. A doença infecciosa febril aguda pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Ela é transmitida por mosquitos, entre eles o Aedes aegypti – o mesmo da dengue, zika e febre chikungunya –  e é comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.

A doença é considerada endêmica em regiões rurais e de florestas do país. De acordo com o Ministério da Saúde, não há registros da transmissão da febre amarela em áreas urbanas no Brasil desde 1942.

CN/efe/dpa/lusa/abr