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Talibãs entre refugiados na Alemanha são muitos, diz revista

22 de abril de 2017

Além dos numerosos processos de terrorismo contra supostos integrantes do EI, autoridades alemãs têm também pela frente onda de inquéritos sobre ex-membros do grupo radical islâmico afegão chegados na crise migratória.

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Radicais talibãs aterrorizam o Afeganistão há décadas
Radicais talibãs aterrorizam o Afeganistão há décadasFoto: Getty Images/AFP/J. Tanveer

Até o momento, as agências de investigações da Alemanha vinham focando os presumíveis militantes da organização jihadista "Estado Islâmico" (EI) que pudessem ter entrado no país a partir de 2015, aproveitando-se da onda de refugiados dos conflitos no Oriente Médio.

Agora, a revista investigativa Der Spiegel  informa que uma outra ameaça também passará a ocupar a Procuradoria Geral da República e os tribunais estaduais, na forma de milhares de combatentes do Talibã afegão, que teriam igualmente entrado no país na esteira da crise migratória.

O que fazer com botes de refugiados naufragados?

O Departamento Federal para Migração e Refugiados (Bamf), subordinado ao Ministério do Interior, teria passado informações aos órgãos de segurança alemães sobre integrantes no país do grupo radical islâmico que há décadas aterroriza o Afeganistão. O procurador-geral da República já investiga mais de 70 casos, e seis homens foram colocados em prisão preventiva.

Os primeiros inquéritos contra prováveis ex-talibãs afegãos deverão se iniciar nas cidades de Berlim e Koblenz, segundo o periódico alemão. Os próprios implicados teriam se autodenunciado durante o processo de asilo, mas ainda não está esclarecido até que ponto suas alegações correspondem à verdade.

O fato de esses dados só terem sido divulgados agora se deveria à sobrecarga do Departamento para Refugiados: em 2015 cerca de 1 milhão de refugiados entraram no país e, segundo o Ministério do Interior, no momento chegam até 15 mil a cada mês.

As agências de investigações da Alemanha contam com a abertura de numerosos processos de terrorismo contra militantes talibãs, em adição às ações judiciais já em andamento contra supostos integrantes do EI. Recentemente a Procuradoria da República advertira estar sobrecarregada com o número crescente de ações envolvendo fundamentalistas islâmicos.

AV/rtr,ots