1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Marcelo Odebrecht se torna réu da Lava Jato

29 de julho de 2015

Além do presidente da construtora Odebrecht, outros 12 investigados na operação da PF são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos da Petrobras. Segundo juiz, executivo comandava ação dos demais.

https://p.dw.com/p/1G6fH
Foto: Reuters/E. Castro-Mendivil/Files

O juiz federal Sérgio Moro abriu nesta terça-feira (28/07) uma ação penal contra o presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros 12 investigados na Operação Lava Jato. Eles são acusados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo contratos da Petrobras.

Entre os réus, estão o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, e os ex-dirigentes da estatal Renato Duque, Pedro Barusco e Celso Araripe.

O juiz também aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra executivos ligados à Odebrecht – Alexandrino Ramos de Alencar, Rogério Araujo, César Ramos Rocha, Paulo Sérgio Boghossian e Márcio Faria da Silva –, além do suposto operador de propinas Bernardo Freiburghaus e do intermediário Eduardo de Oliveira Freitas Filho.

De acordo com Moro, Odebrecht comandava a atuação dos demais envolvidos. A suspeita seria confirmada "principalmente por mensagens a eles dirigidas e anotações pessoais, apreendidas no curso das investigações". O executivo está preso desde 19 de junho em Curitiba.

Na ação, o juiz argumenta que há evidências de que a construtora Odebrecht fez pagamentos aos investigados por meio de contas na Suíça. "A documentação vinda da Suíça com a prova material do fluxo de contas controladas pela Odebrecht a dirigentes da Petrobras é um elemento probatório muito significativo", declarou Moro.

De acordo com a denúncia, os contratos ilegais estão orçados em 13,1 bilhões de reais em obras de refinarias no Paraná e em Pernambuco e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Em nota, a Odebrecht declarou que o "recebimento da denúncia pela Justiça representa o marco zero do trabalho das defesas."

KG/abr/ots