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Malaysia Airlines está "tecnicamente falida"

1 de junho de 2015

Contratado para tirar empresa malaia da crise, Christoph Mueller, novo presidente da companhia aérea abalada por dois desastres no ano passado, anuncia corte de funcionários, venda de aeronaves e reformulação da frota.

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Malaysia Airlines Boeing 777-200ER
Foto: cc-by-sa/Laurent Errera/L'Union

O novo presidente da Malaysia Airlines, Christoph Mueller, afirmou nesta segunda-feira (1°/06) que a empresa está "tecnicamente falida", mas pode se recuperar e voltar a ser uma das principais companhias áreas do Sudeste Asiático em 2018.

A empresa vai cortar 6 mil de seus 20 mil funcionários, como parte de um drástico programa de austeridade, informou Mueller. "Eu estou consternado por termos de nos desligar de 6 mil funcionários", disse o ex-chefe da irlandesa Air Lingus.

Contratado desde 1° de maio para tirar a empresa malaia da crise, o executivo explicou que a reestruturação é um "reajuste duro" para a companhia aérea, que terá de reduzir seus custos em 20%.

Todos os 20 mil funcionários receberam cartas de demissão. No entanto, a 14 mil deles serão recontratados por uma nova companhia que deverá assumir o controle da Malaysia Airlines.

Memória das tragédias

Mueller não informou se a companhia vai adotar um novo nome ou logomarca, mas afirmou que o problema da Malaysia Airlines é que os passageiros regularmente associam a empresa a duas tragédias que ocorreram no ano passado, dos voos MH370 e MH17.

Em 8 de março de 2014, o voo MH 370 desapareceu em rota para Pequim com 239 pessoas a bordo, e as buscas estão em andamento até hoje. Em julho de 2014, outro avião da empresa, do voo MH17, foi abatido sobre a Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo.

Os acidentes do ano passado foram um golpe fatal para a companhia, que sofria para se impor diante da concorrência. Desde então, a Malaysia Airlines tem sobrevivido graças à injeção de dinheiro por parte do governo em Kuala Lumpur.

CA/dpa/ap