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Malásia anuncia nova busca pelo voo MH370

10 de janeiro de 2018

Acordo com firma dos EUA especializada na exploração do mar prevê pagamento de US$ 70 milhões, caso destroços do avião da Malaysia Airlines sejam achados em 90 dias. Sumiço, em 2014, é dos maiores mistérios da aviação.

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Ministro dos Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai
Ministro dos Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai, durante anúncio de acordo para novas buscas ao MH370Foto: picture alliance/AP Photo/S. Asyraf

O governo da Malásia anunciou nesta quarta-feira (10/01) que chegou a um acordo com a empresa americana Ocean Infinity para a retomada da busca do avião da Malaysia Airlines, que desapareceu em 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo.

"A Ocean Infinity assumirá as operações para buscar o voo MH370 em uma área de 25 mil quilômetros quadrados”, declarou o ministro de Transporte da Malásia, Liow Tiong Lai, em entrevista coletiva após a cerimônia da assinatura do contrato. "A busca começará em meados de janeiro de 2018", acrescentou.

Segundo os termos do acordo, a Malásia vai pagar até 70 milhões de dólares à Ocean Infinity caso a empresa –  que é baseada em Houston e especializada na exploração do fundo do mar –, encontre os destroços ou as caixas-pretas do avião da Malaysia Airlines num prazo de três meses. O ministro explicou que o modelo do contrato escolhido é o de que a empresa não cobrará se não encontrar o aparelho, que aparentemente caiu no Oceano Índico.

"Neste momento, o navio Seabed Constructor está a caminho da área de busca para aproveitar as condições climatológicas favoráveis no sul do Oceano Índico", disse Liow Tiong Lai. De acordo com o ministro, existem 85% de chances de serem encontrados destroços no novo perímetro identificado por peritos.

O avião da Malaysia Airlines desapareceu dos radares em 8 de março de 2014, 40 minutos após sua decolagem em Kuala Lumpur, rumo a Pequim, e depois que alguém desligou os sistemas de comunicação e deu um outro rumo à aeronave, segundo a investigação oficial.

A bordo, viajavam 239 pessoas, entre elas 154 cidadãos chineses, 50 malaios (12 deles eram tripulantes), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois canadenses, dois iranianos, dois neozelandeses, dois ucranianos, um holandês e um russo.

Os especialistas determinaram que o avião caiu em uma área remota do Índico, e as buscas foram efetuadas em um perímetro de 120 mil quilômetros quadrados, sem sucesso.

A recuperação de peças do MH370 em Moçambique, na África do Sul, nas ilhas Maurício, na ilha francesa Reunião e em Pemba (Tanzânia), como confirmou a análise de laboratório, permitiu constatar que a aeronave caiu e, assim, elaborar novas hipóteses.

As buscas foram suspensas em 17 de janeiro de 2017, até que aparecessem provas sólidas que permitissem a retomada das operações, para esclarecer o que se transformou em um dos maiores mistérios da aviação mundial.

MD/lusa/efe

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