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Casos de coronavírus superam 100 mil

7 de março de 2020

Itália registra quase 200 mortes e teme falta de vagas nos hospitais, em meio ao aumento das infecções na Europa. A Alemanha tem mais de 630 casos e o Brasil confirma 13ª pessoa infectada pela covid-19.

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Casal usa máscaras de proteção no metrô de Milão. Itália registra quase 200 mortes por coronavírus
Casal usa máscaras de proteção no metrô de Milão. Itália registra quase 200 mortes por coronavírusFoto: Reuters/Y. Nardi

O número de pessoas infectadas pelo coronavírus Sars-CoV-2 em todo o mundo ultrapassou a marca dos 100 mil nesta sexta-feira (06/03), enquanto o total de mortes já supera 3,4 mil. A doença covid-19 se espalhou por mais de 90 países, sendo que em seis registraram os primeiros casos também nesta sexta-feira.

No Brasil, o número de casos confirmados aumentou de 8 para 13 em um período de 24 horas. Destes, 10 foram registrados em São Paulo. Os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e na Bahia, possuem um caso cada. Em todo o país, são 768 suspeitas de infecção. Até o momento, 480 casos foram descartados.

Na Itália, o número de mortes se aproximou dos 200, enquanto o total de casos aumentou significativamente em alguns países europeus. A Sérvia e o Vaticano estão entre os que registraram as primeiras infecções.

A agência italiana de Proteção Civil informou que o número de vítimas fatais aumentou para 197, em relação ás 148 registradas até o dia anterior. Também houve um aumento na quantidade de casos no país, de em torno de 3,8 mil na quinta-feira para 4.636 nesta sexta-feira.

O surto da doença mais grave do continente europeu e o maior fora da China – país onde foram detectadas as primeiras infecções de covid-19 – continua concentrado na região norte da Itália. São 426 casos mantidos sob cuidados médicos intensivos, em meio a preocupações quanto a uma possível falta de leitos hospitalares nos próximos dias.

Aumentam também as preocupações com infecções entre os profissionais de saúde. Segundo o presidente do Instituto Nacional de Saúde italiano, Silvio Brusaferro, entre 200 e 250 médicos e enfermeiros tiveram resultados positivos em exames de detecção e estão sob observação.

Na Alemanha, os casos aumentaram para 639 nesta sexta-feira, enquanto a França se aproxima da marca dos 600. O Reino Unido teve 48 novas infecções, subindo o total para 163. Na Suíça, as ocorrências mais do que dobraram, chegando a 210.

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O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo inédito para a população, ao pedir que as pessoas evitem entrar em contato com idosos. "Sei que é às vezes uma decisão dolorosa, mas devemos evitar visitas aos nossos parentes em idades avançadas, tanto quanto possível", afirmou.

O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, defendeu que, mesmo com o aumento dos casos em vários países, a Europa deve manter o livre trânsito entre as fronteiras entre os estados que integram o espaço Schengen. "Seria um sinal importante", observou.

A constatação de que o número de pessoas infectadas em todo o mundo passou de 100 mil veio através de uma contagem feita pela Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, além de outras instituições. A Organização Mundial de Saúde (OMS) contabiliza 98,023 casos da doença.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação especialmente com o fato de a doença se espalhar para países com sistemas de saúde menos preparados para lidar com possíveis surtos.

RC/rtr/dpa

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