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"Maioria dos requerentes de asilo não comete crimes"

Kate Brady (mp)17 de fevereiro de 2016

Apesar de terem aumentado 79% em um ano, delitos cometidos por refugiados não acompanharam o afluxo de migrantes no país, aponta Departamento Federal de Investigações da Alemanha.

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Foto: Getty Images/J. Simon

Citando os números mais recentes do Departamento Federal de Investigações da Alemanha (BKA, na sigla em alemão), o jornal alemão Bild noticiou nesta quarta-feira (17/02) que a quantidade de crimes cometidos por requerentes de asilo aumentou 79% entre 2014 e 2015. No mesmo período, o número de refugiados no país cresceu 440%.

O relatório do BKA ao qual o Bild teve acesso concluiu que a "grande maioria dos requerentes de asilo não comete crimes". O documento acrescenta que, apesar de o número de crimes ter aumentado significantemente no primeiro semestre de 2015, ele estagnou na segunda metade do ano – justamente quando a maior quantidade de refugiados chegou à Alemanha.

Ainda conforme o relatório, 32% dos quase 210 mil crimes vinculados a refugiados seriam delitos de patrimônio e fraude, e 33%, furtos.

O índice de crimes sexuais ligados a refugiados é de menos de 1% – com 1.688 ocorrências de agressão do tipo, incluindo 458 casos de estupro ou coerção sexual. Segundo os dados mais recentes disponíveis, foram registrados quase 47 mil crimes sexuais na Alemanha em 2014.

De acordo com o Bild, as agressões sexuais que aconteceram em Colônia durante a festa de Ano Novo não foram incluídas no relatório do BKA. Esses casos provocaram revolta em âmbito nacional e a queda do chefe da polícia da cidade. O episódio também esquentou o já acirrado debate sobre a integração dos requerentes de asilo no país.

Os responsáveis pelas 446 supostas agressões sexuais e três ocorrências de estupro em Colônia são descritos como de origem árabe ou do norte da África. Relatos recentes da mídia apontam que três refugiados estariam entre os homens acusados de crimes sexuais no réveillon de Colônia.

Estatísticas dos estados de Bremen, Hamburgo e Renânia do Norte-Vestfália – este último o mais populoso da Alemanha – também não constam no relatório do BKA.