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Maioria dos alemães aprova passaporte de vacinação

27 de fevereiro de 2021

Benefícios às pessoas vacinadas contra covid-19 poderiam ser adotados imediatamente ou apenas após a vacina estar disponível para todos. Os contrários à ideia dizem que muitos se sentirão forçados a aceitar o imunizante.

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Doses de vacina e contra covid-19 e seringa colocados sobre certificado alemão de vacinação
Alemanha planeja oferecer a vacina contra covid-19 a toda a população alemã até setembro.Foto: Frank Hoermann/SvenSimon/picture alliance

Mais da metade dos alemães vê com bons olhos a criação de um passaporte para pessoas vacinadas  contra a covid-19, que poderá permitir que os imunizados possam voltar a frequentar teatros, cinemas, eventos esportivos, além de facilitar a retomada das viagens e impulsionar o setor do turismo.

Uma pesquisa do instituto YouGov realizada a pedido da agência de notícias DPA, divulgada neste sábado (27/02), concluiu que 60% dos alemães são a favor da introdução imediata do chamado "passaporte verde” ou de outro que seria distribuído após todos no país receberem a vacina, o que leva em conta a situação em todo o continente europeu.

Entre os entrevistados, 35% são contra a medida em qualquer formato, enquanto 16% defendem a entrega do passaporte verde, em um esquema semelhante ao colocado em prática em Israel. Outros 44% dizem que seria melhor aguardar até que todos na Alemanha tenham sido vacinados.

Israel introduziu o "passaporte verde” na semana passada, com a oferta de vários benefícios às pessoas vacinadas ou que se recuperaram da doença. As restrições para os não vacinados também foram aliviadas, mas essas pessoas ainda têm suas liberdades limitadas.

Na Alemanha, o planejamento do governo federal é oferecer a vacina a toda a população alemã até o dia 21 de setembro.

Merkel cautelosamente aberta à ideia

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, sinalizou que está aberta a conceder benefícios às pessoas vacinadas, mas não antes de que todos os cidadãos tenham a oportunidade de receber o imunizante.

"Quando tivermos oferecido a vacinação para um número suficiente de pessoas, e se algumas delas se recusarem a ser vacinadas, teremos de considerar se deve haver abertura e acesso apenas para as pessoas imunizadas em determinadas áreas”, afirmou.

Os críticos afirmam que a iniciativa faria que pessoas se sentiriam forçadas a se vacinar contra a sua vontade.

Os líderes da União Europeia (UE) concordaram na última quinta-feira em desenvolver um passaporte para os vacinados nos próximos três meses, mas ainda não está claro quais devem ser os benefícios.

O YouGov entrevistou 2.030 pessoas com mais de 18 anos de idade entre os dias 24 e 26 de fevereiro.

rc(DW, DPA)