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Maioria dos alemães votaria em Hillary, aponta pesquisa

Naomi Conrad fc
4 de novembro de 2016

Apenas 4% dos eleitores da Alemanha escolheriam Trump, e muitos temem que relações teuto-americanas se deteriorem caso o magnata seja eleito. Com vitória da democrata, acredita-se que pouco mudaria.

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Donald Trump e Hillary Clinton
Foto: picture-alliance/dpa/Arco Images/ W. Wirth

A menos de uma semana da eleição presidencial nos EUA, a maioria dos alemães diz que votaria em Hillary Clinton. É o que aponta a última pesquisa Deutschlandtrend (tendência na Alemanha) realizada mensalmente pelo instituto Infratest dimap com eleitores com mais de 18 anos.

Dos entrevistados, 75% afirmaram que escolheriam Hillary se pudessem votar no pleito americano. No entanto, a candidata democrata perdeu significativamente intenção de votos entre os alemães (menos 11 pontos percentuais) em relação à pesquisa anterior, realizada há quatro semanas. Somente 4% afirmaram apoiar o republicano Donald Trump.

Caso o magnata vença a corrida pela Casa Branca na próxima semana, três quartos dos entrevistados temem a piora das relações teuto-americanas. Apenas 2% dizem que a vitória de Trump poderia melhorar a parceria transatlântica.

Infografik Deutsche würden Clinton wählen portugiesisch

Se os americanos elegerem Hillary, 80% dos entrevistados disseram que as relações entre os EUA e Alemanha não deverão mudar muito. Em contrapartida, 12% acreditam que haveria uma melhora, enquanto 5% esperam impactos negativos.

Maioria não confia na Turquia como parceiro

As relações entre Turquia e Alemanha estão tensas após a tentativa de golpe militar e a resposta brutal do governo turco contra supostos opositores e críticos. E isso se refletiu na pesquisa: a grande maioria dos entrevistados (93%) acredita que a Turquia não é um parceiro confiável para o governo alemão. Apenas 6% afirmaram ter confiança no país como parceiro.

Infografik Umfrage Infratest Dimap, Frage3, portugiesisch

Também foi tema da enquete o controverso acordo de livre-comércio entre União Europeia e Canadá, conhecido como Ceta. O pacto quase falhou após resistência da Valônia, pequena região da Bélgica. Finalmente, o acordo foi fechado depois de algumas mudanças em seu texto.

Dos entrevistados, 70% veem como positivas as alterações feitas no Ceta. Ao mesmo tempo, um pouco mais da metade (53%) têm receio de que a proteção ao consumidor na Alemanha fique enfraquecida. Esta é uma das principais críticas daqueles que rejeitam o Ceta.

Muitos questionam os efeitos do acordo para a Alemanha. De acordo com 39%, os pontos positivos prevalecem, já 32% receiam que o pacto tenha mais lados negativos. Um quarto dos entrevistados se disse indeciso sobre o assunto.

Infografik Umfrage infratest dimap Frage 2 , portugiesisch

Críticas ao governo alemão

Como de costume, o instituto Infratest dimap perguntou também sobre o desempenho do governo alemão. A insatisfação com a grande coalizão entre União Democrata Cristã (CDU)/União Social Cristã (CSU) e Partido Social-Democrata (SPD) aumentou desde o levantamento anterior. Atualmente, 40% estão contentes com o trabalho do governo, enquanto 56% o criticam.

No entanto, o cenário político permanece praticamente inalterado. Se as eleições para o Bundestag (Parlamento alemão) fossem realizadas hoje, a CDU/CSU receberiam, como no mês anterior, 33% dos votos, e o SPD permaneceria com 22%.

A terceira maior força seria o partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), com 13% (menos um ponto percentual em comparação ao mês anterior). Logo atrás estariam o Partido Verde (12%), A Esquerda (9%) e o FDP (6%). Matematicamente, seria possível uma grande coalizão entre CDU/CSU e SPD ou entre CDU/CSU, Partido Verde e FDP.

Infografik Sonntagsfrage November 2016, portugiesisch

Os entrevistados se mostraram divididos quando questionados se desejam a continuação da coalizão entre CDU/CSU e SPD: 48% avaliam a atual coalizão de forma positiva, enquanto 50% são críticos quanto à continuação da atual constelação partidária no comando do governo federal. No entanto, também não há uma maioria a favor de outras coalizões governamentais possíveis.