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Macron promete reconstruir Notre-Dame em até 5 anos

16 de abril de 2019

Especialistas, no entanto, são mais cautelosos que o presidente e estimam que seja necessária mais de uma década para recuperar o monumento. Autoridades descartam motivação criminosa no incêndio.

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Frankreich Paris | Zerstörung nach Brand der Kathedrale Notre-Dame de Paris
O interior da catedral após o incêndioFoto: Reuters/C. Petit Tesson

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse na noite desta terça-feira (16/04) em pronunciamento na TV que a Catedral de Notre-Dame, em Paris, poderá ser reconstruída em cinco anos.

"Sim, vamos reconstruir a catedral de forma ainda mais bonita. Quero que isso aconteça em cinco anos, nós podemos", disse Macron. "Tudo o que constitui o país é vivo e, portanto, frágil. Compartilho da dor, mas também da esperança de vocês. Agora é hora de agir. Agiremos e seremos bem-sucedidos."

O incêndio na Notre-Dame, na segunda-feira, destruiu a flecha da catedral (torre central) e praticamente todo o telhado. Por outro lado, o interior da igreja e uma boa parte dos vitrais resistiram às chamas.

A expectativa de Macron de que seja possível reconstruir a catedral em cinco anos é mais otimista do que a de especialistas. Antes de o pronunciamento ir ao ar, Frédéric Létoffé, um dos dois presidentes da Federação dos Construtores Especializados em Patrimônio Histórico, estimou que seja necessária mais de uma década para completar a reconstrução. "Uma restauração entre 10 e 15 anos me parece razoável", disse ele, segundo o jornal Le Figaro.

Frankreich Präsident Macron TV Rede
"Vamos reconstruir a catedral de forma ainda mais bonita", disse MacronFoto: Getty Images/AFP/L. Marin

Létoffé também chamou de "fora da realidade" uma sugestão do ex-ministro da Cultura Jack Lang de que três anos seriam mais do que necessários para recuperar a catedral. "Antes de restaurar, é preciso garantir a segurança da estrutura, e só isso já vai demandar bastante trabalho", completou.

Investigação

As autoridades francesas vêm tratando o incêndio como acidental. O chefe das investigações, Rémy Reitz, disse que não há nada que indique uma motivação criminosa por trás do episódio.

Nesta terça-feira, o Ministério Público de Paris afirmou que cerca de 30 pessoas foram interrogadas. Muitos são operários que trabalhavam nas obras de restauração do monumento de cerca de 850 anos.

Um funcionário judicial, sob anonimato, disse à agência de notícias Associated Press que os alarmes de incêndio da catedral soaram duas vezes na segunda-feira.

Na primeira vez, algumas pessoas – incluindo um bombeiro baseado permanentemente no local – foram verificar o teto e não teriam observado nada. Na segunda vez já era tarde porque o princípio de incêndio era muito forte, disse a mesma fonte.

Os investigadores analisam a possibilidade de o fogo ter começado ao nível do andaime das obras de renovação no telhado. Foi aberto um inquérito por destruição involuntária por fogo.

JPS/lusa/ots

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