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Líderes da UE preveem diálogo difícil com Turquia

17 de março de 2016

Representantes do bloco reconhecem haver grandes obstáculos para acordo com Ancara sobre refugiados, mas dizem estar moderadamente otimistas de que solução será encontrada durante cúpula sobre crise migratória.

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Foto: picture-alliance/dpa/C. Petit Tesson

Os líderes da União Europeia expressaram otimismo cauteloso nesta quinta-feira (17/03) a respeito das chances de ser obtido um acordo com a Turquia para solucionar o problema dos refugiados. Pouco antes do início da cúpula da UE sobre a crise migratória, eles alertaram que há uma longa lista de questões difíceis a serem superadas.

Entre os obstáculos, estão ameaças de Chipre para bloquear as exigências de Ancara sobre uma adesão mais rápida à UE, e questões legais sobre um plano para enviar de volta para a Turquia todos os migrantes que chegam na Grécia, incluindo sírios.

Uma UE dividida deposita suas esperanças em um acordo com a Turquia para cortar a rota principal dos 1,2 milhão de requerentes de asilo que desembaram no bloco desde janeiro de 2015, provocando a maior crise migratória no continente desde a Segunda Guerra Mundial.

A agenda da cúpula prevê para esta quinta-feira discussões sobre a posição de negociação de Bruxelas, antes da reunião com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, na sexta-feira, para tentar um acordo.

"Estou cautelosamente otimista, mas, francamente, mais cauteloso do que otimista", disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, alertando que há uma série de problemas a serem resolvidos. "Se mantivermos a calma, vamos alcançar o sucesso", ponderou.

O chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse estar "bastante otimista de que vamos chegar a um acordo" e que este respeitaria "evidentemente, o direito europeu e da Convenção de Genebra". Juncker acrescentou que a recente retirada militar da Rússia da Síria também pode contribuir para estancar o fluxo de refugiados.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, que enfrenta um aumento da popularidade dos partidos populistas de direita em seu país por conta do descontentamento dos alemães com sua política migratória, disse nesta semana que o acordo é "primeira chance real" para acabar com a crise.

Pouco antes da abertura da cúpula, ela afirmou acreditar que será encontrado um ponto comum com a Turquia. "Acredito que existe a possibilidade, mesmo sendo deliberadamente cautelosa, de que encontremos uma posição comum", ressaltou a chefe de governo alemã.

Ela também frisou ser importante "ajudar a Grécia rapidamente a melhorar a situação humanitária dos refugiados na fronteira com a Macedônia e a protecção das fronteiras externas da UE".

MD/afp/rtr