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Líder extremista libanês morre em ataque aéreo

20 de dezembro de 2015

Samir Kantar passou décadas em prisão israelense. Ele foi libertado em 2008 e aliou-se ao grupo xiita Hisbolá. Segundo a milícia radical, sua morte teria ocorrido durante um ataque israelense na Síria.

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Samir Kantar passou quase três décadas em prisão israelenseFoto: picture-alliance/dpa/N. Mounzer

A emissora de TV do Hisbolá, grupo xiita que configura uma das principais forças políticas no Líbano, anunciou neste domingo (20/12) que aviões israelenses teriam bombardeado um edifício residencial em Jaramana, subúrbio da capital síria, Damasco.

O ataque teria matado Samir Kantar, um membro do alto escalão do grupo, segundo informações da própria milícia radical islâmica. A mídia estatal síria e pessoas próximas ao presidente Bashar al-Assad confirmaram a morte.

Em 1979, Kantar liderou um comando terrorista palestino e foi responsável pela morte de dois policiais israelenses, como também de um pai e suas duas filhas pequenas. Após passar cerca de três décadas numa prisão em Israel, Kantar foi libertado em 2008 numa troca de prisioneiros entre os israelenses e o Hisbolá, que transcorreu sob mediação alemã.

O Hisbolá acusou Israel de ser responsável pelo ataque. O ministro israelense da Construção, Yoav Gallant, comemorou a morte de Kantar na emissora Israel Radio. Gallant não quis comentar sobre o envolvimento de Israel no caso: "Eu não confirmo nem desminto que temos algo a ver com isso."

O Hisbolá apoia Assad na guerra civil na Síria. Até agora não está claro se Kantar participou diretamente das lutas no país vizinho do Líbano. Desde o início dos combates, em 2011, Israel já atacou várias vezes o território sírio, principalmente para destruir depósitos de munição.

Em setembro, os EUA haviam incluído Kantar na lista de terroristas. Segundo informações do governo americano, nos últimos anos, ele havia participado da construção de uma "infraestrutura terrorista" para o Hisbolá nas Colinas de Golã.

CA/dpa/afp/rtr/dw