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Volkert é condenado

Agências (as)22 de fevereiro de 2008

Klaus Volkert, que representava os interesses dos trabalhadores da montadora, é o primeiro envolvido no escândalo de corrupção e prostituição a ser condenado à prisão. Defesa vai recorrer da sentença.

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Klaus Volkert embolsou 2 milhões de euros em bônus pagos pela VolkswagenFoto: AP

O ex-chefe do conselho de empresa da Volkswagen Klaus Volkert, 65 anos, foi condenado nesta sexta-feira (22/02) a dois anos e nove meses de cadeia devido ao seu envolvimento no escândalo de viagens de "lazer" e prostituição às custas da montadora.

O Tribunal Regional de Braunschweig condenou Volkert por incitação e ajuda à malversação de recursos e por infração à lei que rege a representação dos trabalhadores nas empresas alemãs. O ex-chefe de pessoal Klaus-Joachim Gebauer foi condenado a um ano de prisão em liberdade condicional por incitação à malversação de recursos. A defesa anunciou que recorrerá das sentenças.

De acordo com a sentença, Volkert embolsou ilegalmente bônus de quase 2 milhões de euros, cujo pagamento foi autorizado pelo ex-diretor de recursos humanos Peter Hartz. Gebauer organizou, a pedido de Hartz, viagens de "lazer" e encontros com prostitutas para a direção do conselho de empresa, órgão que representa os trabalhadores junto à direção da Volkswagen.

Peças-chave no escândalo

Volkert também foi acusado de firmar um contrato suspeito entre a Volkswagen e a sua amante brasileira Adriana B., pelo qual ela recebeu 400 mil euros. Ele foi ainda acusado de ter recebido mais 290 mil euros para os custos de viagens com a sua amante.

A Promotoria Pública de Braunschweig havia pedido uma pena de três anos e nove meses para Volkert e de um ano e oito meses para Gebauer. Os advogados de defesa haviam pedido a absolvição dos dois acusados.

Volkert, Gebauer e Hartz são considerados peças-chave no escândalo de corrupção da Volkswagen, o qual veio à tona em meados de 2005. Graças a um controverso acordo com a Justiça alemã, no qual assumiu a responsabilidade pelo pagamento dos bônus a Volkert, Hartz escapou da cadeia em janeiro de 2007, tendo sido condenado a dois anos de prisão em liberdade condicional e ao pagamento de uma multa de 576 mil euros por malversação de recursos.