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Justiça alemã condena portador de tatuagem nazista

22 de dezembro de 2015

Ativista do partido de extrema direita NPD recebe seis meses de prisão condicional por incitação ao ódio. Ele ostenta nas costas desenho de um campo de concentração e frase fascista.

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Foto: picture-alliance/dpa/B. Settnik

Um tribunal de Berlim condenou Marcel Z., de 27 anos, a seis meses de prisão condicional por incitação ao ódio. O membro do partido de extrema direita NPD ostenta uma tatuagem nazista gravada nas costas, mostrando um campo de concentração com a inscrição de um slogan fascista.

Promotores haviam exigido que o acusado fosse condenado a dez meses de detenção sem liberdade condicional, com a justificativa de há indícios de ele ser um "criminoso com motivação política, que pisoteou os valores fundamentais da Constituição alemã". Na legislação da Alemanha, culpados de incitar ao ódio e à violência contra certas camadas da população podem ser condenados a um máximo de cinco anos de prisão.

Tattoo mit dem Schriftzug "Jedem das Seine"
Desfilando na piscina pública: campo de concentração com a frase "A cada um, o seu"Foto: picture-alliance/dpa/privat

"A cada um, o seu"

Consta que o ativista de extrema direita exibira publicamente sua tatuagem fascista numa piscina pública em novembro. O caso chegou ao conhecimento da polícia depois de um frequentador ter tirado uma fotografia e postado nas redes sociais.

O desenho que ostenta nas costas, pouco acima da cintura, mostra o campo de concentração de Auschwitz acompanhado pelas palavras "Jedem das Seine" (A cada um, o seu). Esse dito está gravado na entrada de Buchenwald, o maior campo de extermínio do regime nazista, em que, entre 1937 e 1945, ficaram confinados mais de 250 mil judeus, ciganos e oponentes políticos de Adolf Hitler.

Originário do estado alemão oriental da Saxônia, o ativista de extrema direita é reincidente, tendo sido condenado anteriormente por se passar por funcionário do governo, por dirigir sem carteira de habilitação e por maus-tratos. Marcel Z.está sendo atualmente representado pelo advogado Wolfgang Nahrath, defensor do neonazista Ralf Wohlleben no processo em torno do grupo de extrema direita Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU).

PV/epd/dpa