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Iraquianos protestam contra presença militar turca

12 de dezembro de 2015

Os 150 soldados estariam apenas protegendo treinadores turcos para a libertação de Mossul do EI, alega Ancara. Iraque apela para a ONU. Rússia toma partido pela "integridade territorial iraquiana".

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Manifestantes incendeiam bandeiras da Turquia em BagdáFoto: Reuters/A. Saad

Milhares de iraquianos protestaram neste sábado (12/12) contra o estacionamento de tropas da Turquia numa base próxima à metrópole de Mossul, no norte do país. No centro de Bagdá, pelo menos 4 mil manifestantes foram às ruas; em Basra vários milhares também se reuniram.

Alguns dos participantes queimaram bandeiras turcas, ameaçaram os soldados do país de atos violentos. Adeptos de um grupo xiita portavam faixas dizendo: "Morte à Turquia, morte para Erdogan".

Numa tentativa de achar uma solução diplomática, o governo do Iraque apelou à Organização das Nações Unidas para que intervenha no conflito. O Conselho de Segurança da ONU precisa ordenar a retirada imediata e incondicional das tropas, já que a Ancara estaria cometendo uma "grave transgressão" da Carta das Nações Unidas e dos princípios do direito internacional, argumenta Bagdá.

Türkei Soldaten Kurdengebiet
Soldados turcos na região curda do IraqueFoto: picture-alliance/dpa

O contingente em questão é de 150 homens e pelo menos 50 tanques blindados. Segundo o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan, os soldados protegeriam os turcos que estão treinando os combatentes iraquianos com o fim de retomar Mossul, ocupada desde 2014 pela milícia jihadista do "Estado Islâmico" (EI). O Iraque nega haver pedido tal ajuda, enfatizando que a presença das tropas turcas estaria violando seu território soberano.

Também neste sábado Moscou declarou que apoia a integridade territorial do país árabe. O ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov, conversou sobre a mobilização ilícita com seu homólogo iraquiano, Ibrahim al-Jaafari. As relações entre a Turquia e a Rússia acusam tensão crescente, desde o abate de um caça russo pelas Forças Armadas turcas, em 24 de novembro.

AV/dpa,afp,rtr