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IRÃ – ELITE RELIGIOSA?

4 de fevereiro de 2006

Política nacional e internacional, história e religião foram os temas comentados esta semana por nossos usuários. Confira aqui!

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Presidente do Irã, Mahmud AhmadinedjadFoto: AP

Lemos nos principais sites de hoje que o presidente dos EUA qualificou os iranianos como reféns de uma elite religiosa e política. Aparentemente é verdade, pois toda elite governante representa uma elite no comando. Se olharmos as eleições norte-americanas e os protagonistas do governo nesse país dito democrático, perceberemos que existe uma elite econômica que mantém o poder desde a independência e não tem escrúpulos em forjar guerras de agressão para defender seus interesses econômicos, que fazem dos EUA o lider do consumismo. E que também podem ser considerados interesses religiosos, se aprofundarmos o que são interesses religiosos e crenças, pois EUA e Irã têm em comum interesses econômicos camuflados e antagônicos. E isto já aconteceu no Iraque e pode acontecer dezenas de vezes, pois os EUA ignoram tratados internacionais quando seus interesses hegemônicos estão em xeque.
J.V.Lenz

Os líderes europeus parecem ter ensandecido. Como é possível que a chanceler da Alemanha afirme que o Irã é "uma ameaça às nações democráticas da Terra"?! A verdadeira ameaça à paz no mundo vem dos Estados Unidos da América e dos seus acólitos. São eles que estão a espalhar por toda a parte a insegurança, o ódio, a guerra. São eles que, sob a capa da democracia, estão fazendo renascer o colonialismo dos séculos 15 e 16, a ocupar e destruir países soberanos e a roubar-lhes as suas riquezas. Isto o Irã nunca fez. Como também não foi o Irã que ameaçou responder com armas nucleares a qualquer ataque de que fosse alvo, como recentemente o fez o sr. Chirac. Também não foi o Irã quem lançou bombas atômicas sobre cidades indefesas, como aconteceu com os EUA.

Aliás, o Irã também nunca disse que estava a fabricar bombas nucleares de pequenas dimensões para atacar pontos nevrálgicos dos seus potenciais inimigos. Essa revelação foi feita sim por Washington. Eles, os EUA, é que têm tudo isso e ameaçam tudo e todos com ataques de todo o gênero, se não fizerem a sua vontade. Quem constitui, pois, uma ameaça à paz no Mundo? O Irã? Não. Ela existe, mas vem dos EUA, em primeiro lugar, e de todos aqueles que os apoiam "venerandos e obrigados".
Raul Mamede

A VITÓRIA DO HAMAS
Acho que se deve respeitar o cargo que vão ocupar agora. Um movimento que era armado agora pede respeito e tem também que amadurecer na nova posição. Talvez nos surpreendamos. Isso espero e desejo.
Claudio Picanco

A vitória do grupo Hamas foi conseqüência da política equivocada desses americanos em relação ao Oriente Médio. Esse retrocesso já ocorreu no Irã, e se os europeus entrarem nessa bobagem de querer resultados através de pressão, a coisa só vai piorar.
Ariovaldo Luciano

BRASIL INVESTIMENTOS NO EXTERIOR

O governo está fazendo sua parte. Cada parte irá defender seu queijo (União Européia e Brasil), porém deve-se ver que quem ganha de um lado perde de outro. Portanto, para a União Européia é ótimo investir no Brasil, pois está se criando uma trilha por onde os dois países podem crescer, assim também pode ser na agricultura, a Alemanha poderia abrir facilidades ao Brasil.
Jean Wagner

HOLOCAUSTO

A ONU fez muito bem em estabelecer uma data para relembrar o holocausto da Segunda Guerra Mundial. Atos como esse praticado pelos alemães, melhor dizendo, pelos nazistas, nunca deveriam ter acontecido. Infelizmente não somente os nazistas exterminaram nações ou parte delas, mas a imprensa ocidental, estranhamente, só se refere ao holocausto da Segunda Guerra, e ainda assim, escreve de forma a que o leitor fique pensando que apenas os judeus sofreram perseguições naquela época (por que será?).

Portugueses e espanhóis queimaram judeus aos milhares, há bem pouco tempo, durante a Inquisição. Os palestinos têm sido vítimas de uma espoliação moral e territorial sem precedentes na história, e os americanos apóiam essa situação.

Chegou o momento de a ONU estabelecer uma data para relembrar também o holocausto dos peles vermelhas americanos. Seria uma data para o holocausto da Segunda Guerra e outra para o holocausto dos peles vermelhas, para a qual sugiro 25 de junho, data da batalha de Litle Big Horn ou 29 de dezembro, data do massacre de Wounded Knee, em que o general George Armstrong Custer seria lembrado, conforme são lembrados os exterminadores nazistas. Afinal, ser vítima de holocausto não foi exclusividade dos judeus.
D. Gomez

ECUMENISMO
Claramente o que chamamos de protestantismo histórico vai perdendo sua identidade, quando rompe com o processo histórico de negar que o catolicismo romano seja autenticamente cristão. Como pode ser cristão autêntico uma Igreja que defende fervorosamente seus sacramentos, quase todos em veemente choque com os princípios bíblicos; que declara que as encíclicas papais têm força de Palavra de Deus; que, mesmo de forma camuflada, estimula o culto às imagens; que dá a Maria um papel que nem ela mesma gostaria de ter ou mencionar, que é ser mãe de Deus, verdadeira blasfêmia histórica e teológica; que aceita a figura anacrônica do papa como representante de Deus na Terra (Deus não precisa de representantes humanos, Ele deixou o seu Espírito Santo que nos convence de todo pecado, justiça e juízo); é um absurdo histórico e sociológico a teimosia do catolicismo romano em se transformar em parte integrante do Estado, como fez largamente e de forma discriminatória, na Idade Média e em todos os países onde foi maioria; se defendermos o ecumenismo, acabaremos defendendo também o sincretismo...

Devemos defender a liberdade religiosa, o Estado absolutamente laico (sem nenhuma conotação nem a favor nem contra a opção religiosa livre de cada cidadão e de cada família), uma sociedade fundamentada na democracia, que não é uma maravilha de regime mas, certamente, é muitas vezes melhor que qualquer ditadura de direita, esquerda, centro, religiosa, como são as ditaduras monárquicas e "republicanas" dos países árabes, ou outra forma qualquer que cerceie a liberdade fundamental do indivíduo.

Não podemos defender é uma sociedade que destrua os valores sagrados da família ( não tem nada a ver com o nazismo, integralismo... ou qualquer outra posição de extrema direita) que é o verdadeiro fundamento de uma sociedade sólida.
P. Doris Celio