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Incêndios deixam rastro de destruição em Israel

25 de novembro de 2016

Há cinco dias bombeiros tentam controlar chamas e afirmam que equipes estão à beira de um colapso. Natanyahu diz que ato foi criminoso e classifica o episódio como terrorismo.

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Incêndios em israel
Chamas consomem mata perto de prédios em HaifaFoto: picture-alliance/AP Photo/A. Schalit

Bombeiros israelenses disseram nesta sexta-feira (25/11) que suas equipes estão à beira de um colapso, após cinco dias tentando apagar as chamas que tomaram conta de regiões no centro e no norte do país.  Mais de uma dúzia de pessoas suspeitas de incêndio criminoso e incitação à violência já foram presas, em um episódio que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou de "terrorismo".

"Os bombeiros estão lutando contra as chamas há cinco dias. Eles estão à beira de um colapso", disse ao portal de notícias Ynet o chefe da Associação Nacional de Bombeiros de Israel, Avi Ankori.

Em entrevista a Rádio Israel, o chefe das operações do Serviço de Incêndio e Resgate do país, Shmulik Friedman, disse que a situação foi aliviada e está quase sob controle. "Mas devido às condições meteorológicas extremamente graves, ela pode piorar de novo", alertou Friedman. Um tempo excepcionalmente seco, além de fortes ventos, têm contribuído para a propagação das chamas, que tiveram início na terça-feira.

Os esforços em extinguir as chamas continuam nas áreas florestais ao redor de Jerusalém e também no norte do país, mas novos incêndios em áreas localizadas mais ao sul forçaram os bombeiros a espalhar seus recursos e emitir novos alertas de evacuação.

Diante da situação, Israel tem recebido ajuda de diversos países para controlar as chamas. Segundo reportagem da agência de notícias Reuters, o apoio vem de tropas palestinas e de equipes de emergência da Grécia, Chipre, Croácia, Itália, Rússia e Turquia. Netanyahu também teria aceitado a suporte do Egito e da Jordânia.

Ministros israelenses têm expressado a suspeita de que os incêndios tenham sido provocados por nacionalistas árabes. O premiê chegou a qualificar os atos como "terrorismo". "A orientação é submeter a julgamento todos os que cometeram crimes", disse Netanyahu durante uma coletiva de imprensa após visitar áreas afetadas em Jerusalém, acrescentando que "quem quer que seja que tente atear fogo em Israel será severamente punido".

O primeiro-ministro disse "não ter dúvidas" de que se trata de um caso de incêndio criminoso e insistiu que "há um preço para a criminalidade, há um preço para o terrorismo incendiário".

Os incêndios em Israel provocaram danos a propriedades, mas não há relatos de ferimentos graves. Alguns residentes já voltaram para suas casas, enquanto dezenas de milhares ainda precisarão esperar para voltar.

Esse é o pior incêndio no país desde 2010, quando 44 pessoas morreram devido às chamas no norte do país. Na ocasião, investigadores concluíram que o fogo foi provocado por negligência.

IP/rtr/dpa/ap