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Impulsionado pela informalidade, desemprego cai para 12,8%

31 de agosto de 2017

Aumento de postos de trabalho de maio a julho se deu sobretudo entre empregados sem carteira assinada, aponta IBGE. Apesar de redução frente a trimestre anterior, país ainda tem 13,3 milhões de desempregados.

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Vendedora de pipoca
Trabalhadores sem carteira assinada e por conta própria contribuíram para queda do desempregoFoto: DW/N. Pontes

Influenciada pelo aumento da informalidade no mercado de trabalho, a taxa de desemprego no Brasil fechou o período de maio a julho deste ano em 12,8%, o que representa uma leve queda em relação ao trimestre encerrado em abril, divulgou o IBGE nesta quinta-feira (31/08).

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e indicam que o país ainda tem 13,3 milhões de desempregados.

No trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego havia sido de 13,6%, e houve, portanto, uma queda de 0,8 ponto percentual. A população desocupada caiu 5,1% (menos 721 mil pessoas) frente ao trimestre anterior, quando a desocupação foi estimada em 14 milhões de pessoas.

Segundo o IBGE, os novos postos de trabalho foram gerados, em sua maioria, na informalidade. "O aumento aconteceu, principalmente, entre os empregados sem carteira assinada (mais 468 mil pessoas) e os trabalhadores por conta própria (mais 351 mil pessoas). Já a população com carteira assinada manteve-se estável (33,3 milhões)", aponta o instituto.

Em contrapartida, na comparação com o mesmo trimestre – de maio a julho – do ano anterior, quando havia 11,8 milhões de desempregados, houve um aumento de 12,5% (mais de 1,5 milhão de pessoas), o que representa uma alta de 1,2 ponto percentual na taxa de desocupação.

O contingente de pessoas ocupadas no país em julho foi estimado em 90,7 milhões de pessoas, aumento de 1,6% em relação ao trimestre encerrado em abril (adicional de 1,4 milhão de pessoas). O dado atual não apresenta alteração significativa em relação ao mesmo trimestre de 2016.

A análise do contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade, do trimestre de maio a julho de 2017 em relação ao trimestre anterior mostrou aumento nas seguintes categorias: 
– indústria geral (3,7% ou mais 425 mil pessoas);
– comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (1,3%, ou mais 226 mil pessoas);
– administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,9% ou mais 592 mil pessoas);
– outros serviços (4,1% ou mais 175 mil pessoas).

Na comparação com o trimestre de maio a julho de 2016, foi observada redução no contingente dos seguintes grupamentos: 
– construção (-8,5% ou - 623 mil pessoas);
– agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-8,0% ou - 749 mil pessoas).

E foi verificado um aumento nos grupamentos: 
– alojamento e alimentação (15,2% ou mais 683 mil pessoas);
– outros serviços (7,3% ou mais 304 mil pessoas).

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em 2.106 reais no trimestre de maio a julho de 2017, permanecendo estável frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2017 (2.111 reais) e também ao mesmo trimestre do ano anterior (2.045 reais).

PV/abr/ibge