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IFA 2012 traz aparelhos mais rápidos, maiores e mais nítidos

31 de agosto de 2012

Em Berlim, maior feira de eletrônica de consumo do mundo traz novidades como TVs com tela de LED orgânico e aparelhos "smart", capazes de se conectar a outros dispositivos e à internet.

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Foto: Fraunhofer

Televisões, computadores, celulares, câmeras e eletrodomésticos de última tecnologia podem ser vistos a partir desta sexta-feira (31/08) na maior feira de eletrônica de consumo do mundo, a IFA em Berlim. Mesmo sem inovações revolucionárias, a indústria encanta consumidores com os atributos "mais rápido, maior e mais nítido".

Isso vale especialmente para os televisores – aparelho mais comum nos lares alemães. Mais de 10 milhões de unidades serão vendidas em 2012 somente no país. Michael Schidlack, diretor da Associação Alemã de Empresas de Tecnologia da Informação (TI) Bitkom, aponta duas tendências.

"Em primeiro lugar, as pessoas têm cada vez mais televisões em casa", diz. A média é de dois aparelhos por residência. O incentivo à compra vem principalmente das novas funções. Em segundo lugar, "as pessoas querem simplesmente aparelhos mais bem equipados e cada vez maiores – isso também é uma grande tendência – ou funções como 3D", considera Schidlack.

IFA Besucher
Cerca de 240 mil visitantes são aguardados na IFA 2012, a maior feira do setorFoto: picture-alliance/dpa

Sempre novidades

O fato de nenhuma emissora alemã oferecer programação em 3D não representa um obstáculo para os consumidores. O que importa é que o aparelho esteja de acordo com a última tendência. Já quase faz parte dos padrões básicos a capacidade de se conectar a outros aparelhos e à internet, ou seja, ser smart (inteligente, em inglês).

Mais da metade de todos os televisores vendidos neste ano possui tal característica, e a tendência é aumentar, destaca Hans-Joachim Kamp, vice-presidente da associação de fabricantes de produtos eletroeletrônicos ZVEI. "A palavra smart está na moda. Smart TVs e smartphones são as duas maiores categorias de produtos eletrônicos de consumo, que respondem juntas por um volume de negócios de mais de 13 bilhões de euros", afirma.

Se forem incluídos os eletrônicos clássicos, as vendas aumentam para 29 bilhões de euros, o que representa um aumento de 4%. Apesar de a guerra de preços na indústria seguir adiante, a queda no preço de televisores parece ter sido contida. De acordo com as previsões do ano passado, os preços diminuiriam 13% em 2012. Mas isso não se confirmou, diz Schidlack.

"Essa tendência não continuará indefinidamente. Nos próximos anos, aumentará a tendência para aparelhos de qualidade superior", diz. Além disso, o tamanho das telas também continuará a crescer. "Essa é uma tendência observada em todos os países, e compensa em parte o problema da queda dos preços."

IFA 2012 - 55 Zoll-OLED-Fernseher von LG
Samsung e LG apresentaram em Berlim os primeiros televisores com tela OLED de 55 polegadasFoto: LG

LED orgânico

Atualmente, fabricantes alemães desempenham um papel pouco relevante no mercado de televisores. Os coreanos dominam o segmento. Um em cada três aparelhos de TV do mundo é da Samsung ou da LG. As marcas pretendem exibir na IFA telas de LED (diodo emissor de luz) orgânico, o chamado OLED, que oferecem cores intensas e contraste nítidos.

Os primeiros aparelhos OLED devem chegar ainda este ano às lojas, provavelmente antes do Natal – o período mais importante para a indústria de consumo. Os preparativos ocorrem também na IFA em Berlim, onde se estima que indústria e comércio fechem negócios de mais de 3,7 bilhões de euros.

Apesar de relativamente pequena, a participação dos eletrodomésticos nas vendas está em ascensão. Sua atratividade está ligada à economia energética cada vez maior. Geladeiras e máquinas de lavar consomem hoje até dois terços menos energia do que há 15 anos, ressalta Kamp.

Hans-Joachim Kamp ZVEI
Kamp: "Smart TVs e smartphones são as duas maiores categorias de produtos eletrônicos de consumo"Foto: Messe Berlin

"Nos lares alemães, há mais de 20 milhões de aparelhos com mais de 14 anos. Se substituíssemos todos eles, teríamos uma economia de 15 bilhões de quilowatts-hora por ano", afirma. Isso corresponde aproximadamente à energia produzida por uma usina nuclear e meia.

E é claro que os eletrodomésticos de hoje também precisam ser smart. Ligar a máquina de lavar à distância a partir do display do celular será normal dentro de pouco tempo, considera Kamp. Basta que antes alguém coloque as roupas na máquina.

Autora: Sabine Kinkartz (lpf)
Revisão: Carlos Albuquerque