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"Idomeneu" volta ao palco

(rw)18 de dezembro de 2006

A ópera retorna ao palco da Deutsche Oper cercada por esquema de segurança após ter sido suspensa em setembro por causa do temor de que despertasse a ira de extremistas.

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Cena da peça, que retrata as religiõesFoto: picture-alliance/ dpa

Um forte esquema de segurança policial vai marcar o retorno da ópera Idomeneu, de Mozart, ao palco da Deutsche Oper em Berlim na noite desta segunda-feira (18/12). Entre os espectadores, estarão o ministro alemão do Interior, Wolfgang Schäuble, e representantes de organizações muçulmanas.

A polícia alemã não revelou detalhes do esquema de segurança, mas afirmou que policiais à paisana estarão prontos para agir em qualquer eventualidade.

Também o interesse da imprensa internacional é grande. Jornalistas de vários países, entre os quais os Estados Unidos, a Arábia Saudita, o Japão e a Turquia, credenciaram-se para o espetáculo.

Die Intendantin der Deutschen Oper Berlin Kirsten Harms
Kirsten HarmsFoto: picture-alliance/ ZB

As exibições haviam sido suspensas em setembro pela diretora da Deutsche Oper, Kirsten Harms, por receio de atentados terroristas. Seu gesto, considerado precipitado, foi muito criticado nos meios político-culturais alemães.

A produção dirigida por Hans Neuenfels faz um retrato drástico das grandes religiões mundiais, entre elas o islã. Na cena final, Neuenfels mostra o rei Idomeneu cambaleando sobre o palco, ao lado das cabeças decepadas de Buda, Jesus, Netuno (ou Poseidon) e Maomé.

Jahresrückblick September 2006 Deutsche Oper setzt Mozart-Oper Idomeneo ab
Rei Idomeneu cambaleia sobre o palco, ao lado das cabeças decepadas de Buda, Jesus, Netuno e MaoméFoto: picture-alliance/ dpa

A peça de teatro musicado estava em cena na Deutsche Oper desde a estréia, em 2003. Harms autorizou a retomada das encenações depois de receber luz verde de um parecer das autoridades de segurança da capital alemã.

No final de setembro, os 30 participantes da Conferência Islâmica Alemã haviam decidido assistir à apresentação. Alguns, no entanto, anunciaram neste final de semana que não atenderão ao convite do ministro do Interior.

O secretário-geral do Conselho Central de Muçulmanos na Alemanha, Aiman Mazyek, justificou sua ausência dizendo sentir-se "instrumentalizado politicamente", mesmo que tenha sido contra a suspensão das apresentações.

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