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Homens armados matam alemã em Cabul

21 de maio de 2017

Ataque resulta também na morte de guarda afegão e no sequestro de finlandesa. As duas mulheres trabalhavam para ONG sueca. Sequestros de estrangeiros têm crescido no Afeganistão.

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Entrada da casa de hóspedes, em Cabul, onde moravam as funcionárias da ONG sueca Operation MercyFoto: Reuters/O.Sobhani

Homens armados não identificados mataram uma cidadã alemã e um agente de segurança afegão e sequestraram uma finlandesa numa casa de hóspedes em Cabul, no Afeganistão, afirmou o Ministério do Exterior da Alemanha neste domingo (21/05).

A porta-voz do Ministério do Exterior da Finlândia, Karoliina Romanoff, confirmou o sequestro da cidadã finlandesa, mas não acrescentou detalhes. Em comunicado, o ministério exige "a libertação imediata da pessoa sequestrada".

O incidente ocorreu na noite de sábado, no distrito policial 7 da capital afegã, quando os agressores renderam o agente de segurança e depois entraram na casa de hóspedes para mulheres, onde "sequestraram uma finlandesa e mataram uma alemã", segundo o porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Najib Danish. Ele não especificou os motivos ou se havia indícios de terrorismo.

Moradores da região disseram que o agente de segurança foi decapitado, mas não há confirmação oficial dessa informação.

No entanto, em breve comunicado em sua conta oficial no Facebook, Danish afirmou que as duas mulheres eram funcionárias da ONG sueca Operation Mercy, que trabalha no Afeganistão em prol da redução da mortalidade infantil e ajuda mulheres a se tornarem mais independentes. Não houve reivindicação imediata de autoria do ataque ou do sequestro.

O Ministério do Exterior da Alemanha tem alertado há muito tempo contra viagens ao Afeganistão, embora o governo federal tenha pressionado ao mesmo tempo para que o país seja listado como seguro para permitir a deportação de migrantes cujos pedidos de refúgio foram negados na Alemanha.

Os sequestros são comuns no Afeganistão e os estrangeiros, geralmente funcionários de organizações humanitárias, são alvos desse tipo de ação, que geralmente visa obter um resgate em dinheiro. Geralmente as vítimas são mulheres. Em alguns casos, estrangeiros foram sequestrados para exercer pressão sobre seus governos. Muitas organizações mudaram suas sedes do centro de Cabul para as redondezas da cidade devido às preocupações com segurança.

O ataque que resultou na morte da alemã ocorreu na mesma região onde, em agosto do ano passado, foram sequestrados pelos talibãs um professor americano e outro australiano, da Universidade Americana do Afeganistão. Ambos continuam em cativeiro.

Os últimos casos conhecidos ocorreram no final de 2016, com os sequestros de um funcionário espanhol do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (Cicr), no norte do país, e de uma australiana que trabalhava na ONG Agência para a Coordenação de Órgãos de Ajuda Afegã (Acbar) em Cabul. Ambos foram libertados.

PV/efe/rtr/dpa/afp