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CriminalidadeCanadá

Homem com espada mata duas pessoas em Quebec

1 de novembro de 2020

Agressor vestia roupas medievais e feriu outras cinco pessoas na cidade francófona do Canadá. Polícia informa que prendeu um suspeito. Motivação não está clara.

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Carros de polícia nas ruas de Quebec, no Canadá
Foto: Jordan Proust/AFP/Getty Images

Ao menos duas pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas por um homem vestindo roupas medievais que empunhava uma espada na cidade de Quebec, no Canadá, segundo informou a polícia local no início deste domingo (01/11).

Os ataques ocorreram em diferentes locais no bairro histórico de Old Quebec, perto do Parlamento da província de Quebec e do Château Frontenac, uma das atrações mais famosas da cidade, na noite de sábado, quando se comemora o Halloween.

Os policiais disseram ter prendido um suspeito, "um homem na casa dos 20 anos", pouco antes da 1h da manhã (hora local). Ele foi "transferido a um hospital para avaliação", afirmou o porta-voz da polícia de Quebec, Etienne Doyon, em entrevista coletiva.

O primeiro chamado sobre o ataque foi recebido pela polícia por volta das 22h30, e vários agentes foram enviados ao local.

As autoridades não dera muitos detalhes sobre o ataque, tampouco sobre sua possível motivação. "É um homem que estava vestido de maneira medieval. É um homem que carregava uma espada com ele. Foram esfaqueamentos. Isso é tudo que podemos dizer a vocês no momento", disse Doyon.

Segundo o porta-voz, os cinco feridos sofreram ferimentos de gravidades variadas. Todos foram transferidos para um hospital local.

De acordo com três testemunhas citadas pelo jornal Le Soleil, o agressor matou sua primeira vítima perto do hotel Château Frontenac, onde havia "muito sangue", e depois continuou na Rue des Remparts, onde a segunda pessoa foi morta. Ele então seguiu para Old Port, onde feriu as demais vítimas, escreveu o jornal.

A polícia pediu aos moradores da cidade francófona que permanecessem em suas casas com as portas trancadas enquanto a investigação está em andamento.

Anteriormente, a corporação havia emitido uma nota de alerta à população pedindo para "evitar o Parliament Hill", área onde aconteceram os ataques.

O incidente ocorre após uma série de atentados com faca na França nos últimos tempos. Na quinta-feira passada, três pessoas foram mortas – incluindo uma brasileira – numa igreja na cidade de Nice, no sul do país, num ato descrito como um "ataque terrorista islâmico".

Em 16 de outubro, o professor de história Samuel Paty foi decapitado por um extremista islâmico nas proximidades de Paris, após ter exibido caricaturas do profeta Maomé em sala de aula, durante uma discussão sobre liberdade de expressão.

Já em 25 de setembro passado, duas pessoas foram esfaqueadas perto do local onde ficava a antiga sede do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris. O autor do atentado disse que não conseguiu suportar a nova publicação de caricaturas de Maomé pelo jornal.

Após os ataques na França, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, descreveu os assassinatos como "odiosos e disse que "esses terroristas, esses assassinos, não representam o Islã de forma alguma e não definem os muçulmanos no Canadá, na Europa ou em qualquer lugar do mundo".

EK/afp/dpa/efe/rtr