1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Há sete anos no cargo, técnico da Alemanha renova até 2016

Thomas Klein (pv)18 de outubro de 2013

Joachim Löw completará uma década à frente da seleção. Elogiado por promover craques como Müller, Özil e Götze, ele terá o desafio de acabar com a sina dos alemães, que não conquistam um título desde 1996.

https://p.dw.com/p/1A2Mo
Foto: Simon Hofmann/Bongarts/Getty Images

Uma semana após a Alemanha garantir a classificação para a Copa de 2014, o técnico Joachim Löw renovou, de maneira antecipada, o seu contrato até a Eurocopa de 2016. O anúncio foi feita nesta sexta-feira (18/10). Löw, que assumiu o posto como sucessor de Jürgen Klinsmann em julho de 2006, completará assim dez anos à frente da Nationalelf.

"Eu quero agradecer em nome de toda a minha equipe técnica à federação pela confiança e a extraordinária colaboração nestes últimos anos", disse o treinador de 53 anos. Os contratos do gerente Oliver Bierhoff e do treinador de goleiros Andreas Köpke também foram renovados por dois anos. Já o assistente de Löw, Hans-Dieter Flick, vai assumir o cargo de diretor esportivo depois da Copa do Mundo.

Elogios da federação

"Desde a Copa do Mundo de 2006, a seleção alemã chegou entre os quatro melhores colocados em todas as Copas do Mundo e Eurocopas. E também nas Eliminatórias para a Copa de 2014, a equipe alcançou a classificação de maneira soberana. A seleção está com uma maneira de jogar dinâmica, ofensiva e deslumbrante", elogiou o presidente do Federação Alemã de Futebol (DFB), Wolfgang Niersbach.

Vertragsunterzeichnung Jogi Löw
(Da esq. ára dir.) Köpke, Flick, Niersbach, Löw, secretário-geral Helmut Sandrock e BierhoffFoto: Simon Hofmann/Bongarts/Getty Images

"Isso tudo é graças ao trabalho de Joachim Löw e de sua equipe da comissão técnica. Nós temos uma enorme confiança nele, em Hansi Flick, Andreas Köpke e Oliver Bierhoff, os quais eu aprecio muito, seja no campo técnico ou no pessoal", completou Niersbach.

Sobre as arduamente discutidas cláusulas de rescisão no novo contrato de Löw, os responsáveis não quiseram dar esclarecimento. "Não iremos a público com o conteúdo dos contratos", disse Niersbach.

Löw afirmou que normalmente nem deveria existir um contrato, já que seu relacionamento com o DFB é tão bom que um aperto de mão bastaria. "Mas é claro que se nós não passarmos da primeira fase na Copa no Brasil, não teria mais clima e eu mesmo pediria para sair", disse o treinador. Ao que tudo indica ambas as partes podem pedir a rescisão a qualquer hora.

Outro ponto que permanece indefinido é quem vai assumir a posição de Hansi Flick como assistente técnico. Sobre este tema, Löw deixou claro só pensará sobre o sucessor depois da Copa do Mundo. Quando Löw e Flick assumiram, em 2006, eles foram os primeiros no cargo que nunca haviam jogado pela seleção da Alemanha. Ao lado de seu fiel escudeiro, Löw comandou a seleção em 99 partidas, com 68 vitórias, 16 empates e 15 derrotas –um aproveitamento de 74%.

Fußball WM-Qualifikation Deutschland Färöer Inseln
Mesut Özil é um dos 57 debutantes na era Joachim Löw e é hoje um dos principais jogadores da AlemanhaFoto: Reuters

57 novos jogadores

Desde que Joachim Löw assumiu o posto da seleção, ele ajudou no desenvolvimento do futebol na Alemanha. Em partes, a seleção chega a mostrar um futebol ofensivo envolvente, e a Löw deva se dar o crédito de sempre integrar jovens jogadores no elenco.

Entre os debutantes sob o comando do treinador estão as estrelas Mesut Özil, Manuel Neuer, Thomas Müller, Sami Khedira e Mario Götze. Ao todo, Löw convocou 57 estreantes na seleção da Alemanha. A torcida, porém, espera por um título desde a Eurocopa de 1996, quando Löw tinha acabado de encerrar a carreira de jogador e era assistente no VfB Stuttgart.

Depois de um respeitável terceiro lugar como anfitrião na Copa de 2006 – Löw era assistente de Jürgen Klinsmann e já naquela época responsável pela estruturação tática da seleção – veio o vice-campeonato na Eurocopa de 2008, quando perdeu por 1 a 0 para a Espanha na final. Na Copa da África do Sul, em 2010, a Alemanha chegou a encantar com um futebol atraente e, depois de goleadas sobre a Inglaterra (4 a 1) e Argentina (4 a 0), perdeu na semifinal, novamente contra a Espanha, por 1 a 0, e deu adeus ao sonho de reconquistar o Mundial depois de 20 anos.

E no ano passado, na Eurocopa de 2012, a surpreendente derrota na semifinal para a Itália deu margem a críticas ao trabalho de Löw. O treinador, porém, levou a Alemanha a uma classificação invicta e, de quebra, recebeu a sua última chance para conquistar um torneio importante no Brasil. Caso isso não aconteça, tudo indica que os responsáveis do DFB terão que procurar um novo treinador.