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Guiné fecha fronteiras com Serra Leoa e Libéria

9 de agosto de 2014

Governo diz que medida tem como objetivo impedir o aumento de contaminações pelo vírus do ebola. Decisão teria sido tomada após consulta com países vizinhos. UE e Banco Mundial prometem verbas para combate à epidemia.

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Foto: picture-alliance/AP

O governo da Guiné ordenou neste sábado (09/08) o fechamento de suas fronteiras com a Libéria e Serra Leoa, na tentativa de interromper a epidemia do vírus ebola que já matou pelo menos mil pessoas na região neste ano.

Autoridades afirmaram que a decisão foi tomada após consultas com os países vizinhos, para prevenir a entrada de pessoas infectadas no país. "Fechamos provisoriamente a fronteira por causa de todas as notícias que temos recebido", disse o ministro da Saúde da Guiné, Rémy Lamah.

O atual surto de ebola começou em março deste ano na Guiné e atingiu os países vizinhos Serra Leoa e Libéria. Ainda não há tratamento ou vacina licenciados para combater o vírus, e a taxa de morte registrada tem sido de cerca de 50%.

Em Serra Leoa, o governo anunciou a mobilização de 1.500 policiais e soldados para garantirem as medidas de quarentena nas áreas afetadas.

Alarme internacional

O surto de ebola – declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "emergência internacional" – é o pior já registrado no oeste da África. Os governos de Serra Leoa, Libéria e Nigéria decretaram estado de emergência devido à epidemia.

Segundo a OMS, 1.779 casos de infecção pelo vírus foram registrados até agora, com 961 óbitos. A epidemia tem causado temor em toda a comunidade internacional. O governo da Zâmbia anunciou a restrição de entrada de pessoas vindas dos países afetados pelo vírus. As autoridades de Gâmbia também proibiram que aviões com destino a sua capital pousassem em aeroportos da Guiné, Serra Leoa e Libéria.

A União Europeia anunciou o envio de 8 milhões de euros para ajudar às organizações humanitárias e agências da ONU que trabalham na área atingida pelo ebola. Durante a primeira semana de agosto, o Banco Mundial também prometeu até 200 milhões de dólares em auxílio de emergência para os países do oeste da África que enfrentam a epidemia.

RM/ap/afp/dpa/rtr