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Greve de trens na Alemanha será encerrada 34 horas antes do previsto

7 de novembro de 2014

Embora a Justiça tenha assegurando a legalidade da paralisação, maquinistas decidem voltar ao trabalho no fim da tarde de sábado, e não mais na segunda-feira. Grande parte da população não aprova a greve.

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Com o cancelamento de trens regionais, muitos passageiros optaram pelo metrô em Berlim, lotando estaçõesFoto: Getty Images/C. Koall

A maior paralisação do sistema ferroviário da Alemanha será encerrada 34 horas antes do previsto inicialmente pelos grevistas. Segundo anunciou nesta sexta-feira (07/11) o presidente do Sindicato dos Maquinistas Alemães (GDL, sigla em alemão), Claus Weselsky, a greve terminará às 18h deste sábado, e não mais às 4h de segunda-feira, como havia sido anunciado inicialmente.

A decisão deverá facilitar a ida de visitantes para a capital alemã no domingo, quando a cidade sedia eventos em comemoração aos 25 anos da queda do Muro de Berlim.

As sucessivas paralisações dos maquinistas – esta é a sexta convocada pelo GDL desde setembro – têm sido alvo de críticas por parte dos cidadãos alemães. Segundo uma pesquisa publicada nesta quinta-feira, 51% da população não apoia a greve, enquanto 46% afirmam compreender os grevistas.

A Deutsche Bahn, que opera o serviço ferroviário na Alemanha, afirmou que pretende restabelecer a normalidade do atendimento aos passageiros o quanto antes, assim que a greve for encerrada no sábado. A empresa admite, porém, que dada a complexidade do sistema interestadual, no domingo o serviço ainda estará funcionando de maneira limitada.

O anúncio da antecipação do fim da greve ocorreu horas depois de o Tribunal Regional do Trabalho do estado de Hessen reconhecer a legalidade da greve e rejeitar, em segunda instância, um pedido da Deutsche Bahn para tentar suspender a paralisação.

Após o anúncio do veredicto, as duas partes tentaram voltar a negociar, mas não houve avanços, porque ninguém cedeu nas exigências principais. Mesmo assim, o sindicato anunciou a redução do período de greve.

A paralisação começou nesta quarta-feira, afetando inicialmente serviços de carga. Na noite de quinta-feira, foi a vez dos trens de passageiros. Apenas um terço dos trens de longa distância e entre 15% e 60% dos trens regionais, dependendo do estado, estão rodando.

Melhores condições de trabalho

Nesta sexta-feira, cerca de 500 membros do GDL participaram de um protesto em frente à sede da Deutsche Bahn em Berlim. Há dois dias, o sindicato rejeitou uma oferta de acordo com a empresa. O sindicato pede um aumento salarial de 5%, além de uma redução na carga horária de trabalho semanal para 37 horas.

A União dos Transportes e Linhas Férreas critica a crescente sobrecarga dos funcionários que trabalham na rede ferroviária. Segundo a federação, o número de licenças médicas tem aumentado drasticamente nos últimos anos. Em alguns lugares, as licenças chegam a 35% do número de funcionários, especialmente entre as pessoas que trabalham no atendimento ao cliente nas estações de trem.

MSB/dpa/afp